Foto: Homem de Gouveia - Lusa
Na qualidade de presidente da comissão política do PSD Madeira, Miguel Albuquerque anunciou o calendário para os novos desenvolvimentos políticos na região, após a crise aberta com o processo do Ministério Público, e afirmou que "quase de certeza que será recandidato à liderança do PSD Madeira".
"Face às atuais circunstâncias e à crise política que entretanto foi despoletada, a comissão política entende que é necessário fazer um reforço da legitimidade e, por isso, foi deliberado nesta comissão política que o PSD/Madeira deve convocar um congresso ordinário de imediato, antecedido de eleições, cumprindo os prazos definidos nos estatutos", disse Miguel Albuquerque, que é também líder demissionário do Governo Regional.A crise política na região autónoma decorre da demissão de Miguel Albuquerque, depois de ter sido constituído arguido no âmbito de um processo em que são investigadas suspeitas de corrupção no arquipélago, o que levou à queda do seu executivo, de coligação PSD/CDS-PP, com o apoio parlamentar do PAN.
No sábado, o representante da República, Ireneu Barreto, anunciou que vai manter o Governo da Madeira em gestão até o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, decidir se dissolve a Assembleia Legislativa, o que só poderá ocorrer depois de 24 de março, seis meses após as últimas eleições legislativas regionais.
Caso Marcelo Rebelo de Sousa opte pela não dissolução do Parlamento regional, o representante da República irá nomear "o presidente e demais membros de um novo Governo Regional".
De acordo com o calendário definido na reunião da comissão política regional do PSD/Madeira, que decorreu no Funchal, as listas das candidaturas poderão ser entregues até 29 de fevereiro, seguindo-se as eleições diretas em 21 de março e o congresso regional nos dias 20 e 21 de abril.
Salientando ser "fundamental que esta clarificação interna ocorra ainda antes da decisão do senhor Presidente da República, que poderá acontecer a partir do dia 24 de março", Miguel Albuquerque admitiu que "quase de certeza" irá ser candidato às diretas de março.
"Acho que tenho todas as condições políticas, porque nunca fui comprado por ninguém, tenho 30 anos de vida pública e nunca fui corrompido por ninguém, tenho a minha consciência tranquila e estou preparado para me defender em todas as instâncias", afirmou Miguel Albuquerque, que lidera o Governo Regional desde 2015.
"Mantenho imaculado, no meu ponto de vista, a minha capacidade política e os meus direitos de cidadãos enquanto político", reforçou.
c/ Lusa