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Vai haver fogos, inundações e seca na área de Lisboa, mas já há um plano de adaptação

por Antena 1

Foto: Pedro A. Pina - RTP

A região de Lisboa vai ter mais incêndios, mais ondas de calor, mais inundações, mas também mais períodos de seca. Mas já existe um Plano de contenção às Alterações Climáticas na Área de Lisboa para estes incidentes.

Cheias rápidas e inundações progressivas é o futuro traçado para os estuários do Tejo e do Sado.

Os efeitos são previstos no novo Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas que aponta quatro efeitos perigosos das alterações climáticas na região de Lisboa, como aumento dos fogos florestais, cheias e inundações, ondas de calor e secas.

De acordo com o estudo, o nível médio do mar poderá subir cerca de 90 centímetros até 2100 e as áreas de maior risco são Lisboa, Almada e Seixal, onde vive o maior número de pessoas junto ao estuário do Tejo.

“Estes efeitos são mais novos porque não temos memória, não há registos, e é difícil até as pessoas compreenderem que isto vai mesmo acontecer”, disse Sérgio Barroso, coordenador do estudo, ao Público.

O responsável pelo estudo explica que “não se trata de um problema de perigosidade imediata”, mas é “muitíssimo disruptivo” porque “exige muito planeamento”.
Construções submersas
Depois de analisadas as vulnerabilidades e a capacidade de adaptação de cada freguesia dos 18 municípios da área metropolitana de Lisboa, o documento sublinha que existem três freguesias onde todos os habitantes estão em risco: Costa da Caparica, no concelho de Almada, União de Freguesias do Gaio-Rosário e Sarilhos Pequenos, no concelho da Moita, e a freguesia do Sado, no concelho de Setúbal.
O relatório alerta ainda que tanto as construções já feitas, como as que estão em marcha na margem sul do Tejo, deverão ficar debaixo de água, como a Cidade da Água, em Almada, Quinta do Braamcamp, no Barreiro, Ocean Campus, no Algés, e a futura Marina do Jamor.

“São sítios de enorme vulnerabilidade, onde a água chegará, e foram projetados em conformidade com os instrumentos legais de planeamento existentes, mas terão de ser repensados e os projetos terão obrigatoriamente de adaptar a construção para cotas mais elevadas e integrar medidas de mitigação”, disse Sérgio Barroso ao jornal Público.

O Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas vai ser apresentado publicamente esta sexta-feira.
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