O Governo aumentou para 56043 as vagas no ensino superior público, o que significa um crescimento de seis por cento face ao número que tinha sido divulgado inicialmente, em julho deste ano. O anúncio foi feito esta sexta-feira pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES).
Os 56043 lugares no ensino superior vão ficar disponíveis já na primeira fase do concurso nacional de acesso de 2021/22.
O Executivo explica que este reforço de vagas se deve a “um esforço de mobilização das instituições de ensino superior para responder ao apelo feito pelo Governo na sequência do elevado número de candidaturas à primeira fase do concurso nacional de acesso”, que atingiu um novo máximo de 63 mil candidaturas.
Desde 1996 que o número de candidatos a faculdades públicas não era tão elevado, justificando assim a necessidade de aumento de vagas.
Este reforço do número de lugares do regime geral de acesso ao ensino superior resultou da “transferência das vagas fixadas e não ocupadas nos concursos especiais de acesso e ingresso no ensino superior para o regime geral de acesso, na sequência das recomendações da Comissão Nacional de Acesso de Ensino Superior (CNAES) de 24 de Agosto”, explica a DGES.
Das 3080 novas vagas, 414 foram para a Universidade do Porto, que conta agora com um total de 4820, e 368 foram para a Universidade de Lisboa, que totaliza 7672.
A Direção-Geral do Ensino Superior destaca que o aumento do número de candidatos ao ensino superior “demonstra uma confiança crescente dos jovens e das suas famílias na formação superior, nas instituições e nas vantagens decorrentes da qualificação superior”.
Além disso, refere a entidade, “assume particular relevância no contexto do processo em curso de recuperação económica e social na sequência da crise internacional associada à pandemia de covid-19, promovendo o alargamento da base social de recrutamento do ensino superior e a qualificação progressiva da população residente em Portugal”.
Atualmente, cerca de 51,5 por cento dos jovens de 20 anos residentes em Portugal frequentam o ensino superior, o que significa um aumento de 25 por cento em relação a 2015.
O objetivo do Governo é que, até 2030, pelo menos 60 por cento dos jovens de 20 anos estejam matriculados no ensino superior.