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Urgências de Obstetrícia. Plano do SNS permite "articular resposta dos hospitais"

por RTP

O novo diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde esteve no Telejornal, esta quinta-feira, e explicou que plano de concentrar as urgências de obstetrícia na região de Lisboa permite "articular respostas dos vários hospitais".

Questionado sobre se concentrar as urgências de obstetrícia e alternar os serviços abertos durante a época das Festas, na Área Metropolitana de Lisboa, seria uma solução tipo "penso rápido", Fernando Araújo afirmou que este era "um plano e uma estratégia que tem uma base técnica" que visa a "previsibilidade, dar estabilidade na resposta, dar confiança ao Sistema, não apenas às grávidas mas aos próprios profissionais".

Nos próximos dias, e durante o período das Festas, o plano "Nascer em Segurança" vai estar em ação, prevendo-se que estejam a funcionar alternadamente nove blocos de parto.

Esta questão de encerrar de uma forma não programada, causa nas grávidas e também nos profissionais enorme ansiedade”, comentou o novo diretor-executivo do SNS, explicando que este plano “consegue articular os profissionais dos vários hospitais, consegue juntar profissionais” e permite “algo organizado” e robusto, além de ter “qualidade na solução”.

Contudo, este é um plano temporário e que será avaliado para “fazer um plano geral”.

“Tem de ser um sistema até termos um número de recursos humanos e de obstetras adequado para manter uma resposta robusta. Só que isso demora”, explicou.

O objetivo é também ter a capacidade de “não encerrar estes locais que tenham número elevado de partos” e de ter “uma resposta com qualidade e segurança”.

"Esta estratégia é utilizada noutros países".

Apesar de este plano entrar em ação nos próximos dias, há serviços de urgência de obstetrícia que podem fechar. Estes serviços são diferentes dos restantes serviços de urgência, recordou ainda Fernando Araújo.

Já para as urgências gerais e de algumas especialidades, vão ser concentrados vários especialistas nos serviços de urgência para garantir "uma resposta segura". O objetivo é "tornar as carreiras médicas mais atrativas".

O diretor-executivo do SNS afirmou ainda que, no caso dos doentes considerados não graves e urgentes, os centros de saúde podem recebê-los.
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