As Unidades Locais de Saúde vão ser pagas em função da quantidade de atos médicos que fazem e também pelas características dos utentes que servem, avança em entrevista ao jornal Público o secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre.
Ou seja, no fundo a ideia é o Estado calcular, à partida, o valor que cada cidadão que reside numa determinada área geográfica consome em termos de cuidados de saúde e pagar esse valor à Unidade de Saúde Local, valorizando mais os resultados.
Os médicos mostram-se satisfeitos com a opção do Governo, até porque o atual modelo não funciona, no entender do bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes.
A ideia é também bem acolhida pelo presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, Gustavo Tato Borges, que refere que é “preciso abandonar a perspetiva hospitalocêntrica” nas Unidades Locais de Saúde.
Também Joana Bordalo e Sá, presidente da Federação Nacional dos Médicos - FNAM - considera que esta medida só faz sentido se forem melhoradas as condições de trabalho.