Pedro A. Pina - RTP
No dia em que começa a COP29, a Antena 1 dá a conhecer algumas das rotinas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, habituada a imprevistos e à espera de receber mais funcionários.
De acordo com a informação que dispõem, podem ser emitidos três avisos - amarelo, laranja e vermelho, sendo o último o mais grave.
"Fazemos a análise da situação e vemos que essa situação é para aviso", quando "os "valores de precipitação ou de temperatura também estão acima ou abaixo dos daqueles delineados", afirma a meteorologista Alexandra Fonseca.
Mesmo com modelos de previsão atualizados a cada ano, há espaço para surpresas e nem sempre as previsões são certeiras.
"Nós fazemos a previsão durante o dia, costumamos ver os dez dias (seguintes) que os modelos nos dão. E muitas vezes, do dia para a noite, há mudanças, especialmente a partir do quinto dia", explica Nuno Lopes, chefe da Divisão de Meteorologia e Vigilância no IPMA.
E os "pequenos erros" que surgem nas previsões do tempo vêm de duas formas principais: "por um lado, o modelo não consegue simular tudo, porque não temos a resolução do modelo para simular, por exemplo, a orografia, para simular a ocupação do espaço", sugere Nuno Lopes, e, por outro lado, as observações "também têm erros" e o objetivo "é reduzir os erros o máximo possível".
O trabalho do IPMA estende-se a todo o país com 50 meteorologistas, sendo que o instituto espera reforçar com mais 39 profissionais, mas gostariam que fossem mais.
"Eu diria que neste momento nós deveríamos ter pessoas suficientes para fazer turnos a três", aponta o vogal do instituto, Telmo Carvalho, que sublinha que a situação "ainda é mais dramática" na meteorologia aeronáutica.