Quase 23% dos alunos das universidades mostram sintomas de doença mental - a conclusão é de um estudo, coordenado pela Universidade de Évora, que envolveu 2.136 estudantes de 6 universidades portuguesas. Metade destes alunos (49,7%) responderam que foram diagnosticados depois da pandemia de covid.
Para Lara Guedes de Pinho, a prevalência de sintomas de doença mental entre os estudantes universitários portugueses é inquietante porque esses sintomas afetam não só o desempenho escolar mas, também, a vida familiar, social e profissional futura.
A professora considera que, apesar de muitas instituições portuguesas de ensino superior já terem apoio psicológico, esse não é suficiente, até porque não é a primeira opção em que os alunos pensam: a maioria dos inquiridos respondeu que, se sentissem dificuldades, conversariam os amigos em primeiro lugar (75,4%). Só 26,4% recorreriam ao aconselhamento psicológico oferecido pela sua universidade.
A professora da Universidade de Évora defende que ainda há muito a fazer e propõe um plano de promoção da saúde mental na rede de cuidados de saúde primários, que seja capaz de diagnosticar, tratar ou encaminhar para tratamento as pessoas que mostrem sintomas de saúde mental.
A professora da Universidade de Évora defende que ainda há muito a fazer e propõe um plano de promoção da saúde mental na rede de cuidados de saúde primários, que seja capaz de diagnosticar, tratar ou encaminhar para tratamento as pessoas que mostrem sintomas de saúde mental.
Na opinião da coordenadora deste estudo, os centros de saúde deveriam abranger a Saúde Mental ao longo de todo o ciclo de vida - desde a gravidez, passando pela infância, até ao fim da vida adulta.