Nuno Veiga - Lusa
Está a faltar fiscalização para evitar casos de exploração de trabalhadores migrantes em Portugal. É este o entendimento do sociólogo Pedro Góis, especialista em migrações. O investigador considera que são necessárias políticas concretas para impedir a repetição de casos de semiescravidão em campos agrícolas do Alentejo.
Dos mais de 300 imigrantes alegadamente vítimas de uma rede de tráfico de pessoas no Baixo Alentejo, apenas 57 aceitaram a ajuda das autoridades portuguesas, ou seja, cerca de 20 por cento.
É pouco, mas, para Pedro Góis, estes números não são surpreendentes.
O especialista em Migrações acrescenta ainda que é necessário um trabalho concertado entre as várias entidades do Governo para travar estas redes de tráfico humano.