Testosterona. Culturistas têm acesso mais fácil que os doentes
Foto: Vasily Fedosenko, Reuters
Há doentes que precisam por razões médicas de testosterona e não a encontram no mercado. O produto é desviado para quem tem dinheiro anda no ginásio e quer aumentar massa muscular. O Infarmed já está a investigar.
O culto do corpo caminha de mãos dados com os fármacos: a testosterona em geral diminui a massa gorda e aumenta a massa muscular.
Por outro lado, ao aumentar a massa muscular aumenta a performance. Por isso a testosterona é utilizada como doping - uma utilização que segundo o Presidente da Sociedade de Endocrinologia Diabetes e metabolismo prejudica o uso primordial desta substância.
O INFARMED escreve que desencadeou ações de averiguação dessas eventuais situações, tendo solicitado para isso a intervenção da Polícia Judiciária e outras entidades, nomeadamente Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) e Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), se necessárias, à investigação.
Além disso, a autoridade para o medicamento refere que os três medicamentos que contêm testosterona carecem de prescrição para a sua dispensa: "A testosterona tem efeitos prejudiciais: aumenta os níveis de colesterol total, aumento o colesterol mau, diminui o bom, aumenta a pressão arterial, pode levar a hipertrofia do músculo cardíaco e como o músculo aumenta (...) pode ter enfarte do miocárdio"
Além do mais, pode dar alteraçoes hepáticas e renais. Poderá ter sido isso que aconteceu com Ângelo rodrigues, que continua internado nos cuidados intensivos do hospital Garcis de Orta, em Almada.
A RTP sabe que o ator foi sujeito a várias operações mas não está em coma induzido, e sim sedado.