Termina época crítica dos incêndios. Presidente da República e primeiro-ministro visitam áreas ardidas
O Presidente da República e o primeiro-ministro visitam hoje algumas das zonas afetadas pelos incêndios do norte e centro do país, parando em Baião, Vila Pouca de Aguiar e Sever do Vouga. A época que mobiliza mais meios de combate aos incêndios rurais termina hoje e fica marcada pelos fogos da terceira semana de setembro, que deixaram uma vasta área de destruição nas regiões do norte e centro e mataram nove pessoas.
Os incêndios florestais consumiram, entre os dias 15 e 20 de setembro, cerca de 135.000 hectares, totalizando este ano a área ardida em Portugal quase 147.000 hectares, a terceira maior da última década, segundo o sistema europeu Copernicus.
As chamas devoraram florestas, casas, empresas, terrenos agrícolas e carros, além de terem obrigado ao corte de vias, nomeadamente a A1, ferrovia e fecho de escolas.
Nove pessoas morreram, quatro das quais bombeiros, e 175 ficaram feridas. A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil exclui desta contagem os dois civis que morreram de doença súbita.
Numa semana, o país passou dos melhores valores de área ardida da década para o terceiro pior desde 2014, sendo apenas ultrapassado em 2017 (563.000 hectares) e 2016 (165.000).
São estas algumas das áreas que Marcelo Rebelo de Sousa e Luís Montenegro vão hoje visitar. Estarão acompanhados pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida e da Ministra da Administração Interna, Margarida Blasco.
A comitiva sobrevoará as áreas ardidas de helicóptero e parará em Baião (distrito do Porto), Vila Pouca de Aguiar (distrito de Vila Real) e Sever do Vouga (distrito de Aveiro).
Esta será a terceira ocasião em que Presidente da República e primeiro-ministro têm uma iniciativa conjunta a propósito dos incêndios.
Nos últimos três meses, o dispositivo de combate a incêndios rurais esteve na sua capacidade máxima, com 13.891 operacionais, 3.084 equipas, 2.990 veículos e 72 meios aéreos em prontidão, um aumento de meios face ao ano anterior.
Apoios aprovados
O Governo aprovou diplomas que concretizam medidas para apoiar as famílias, empresas e agricultores, recuperar habitações, restabelecer as florestas, reparar infraestruturas e equipamentos e a repor equipamentos sinistrados.
Reportagem de 26 de setembro
Foi também aprovado um regime excecional de contratação de empreitadas de obras públicas.
c/Lusa