Mais de 850 mil alunos do 1.º ao 9.º ano contam a partir desta segunda-feira e durante o terceiro período com aulas através da televisão, e vão aprender com professores à distância. É o projeto #EstudoemCasa que vai ser transmitido na RTP Memoria.
O projeto envolve 112 docentes de escolas públicas, duas privadas e da ciberescola.
Esta manhã, o ministro da Educação esteve no estúdio da RTP onde são gravadas as aulas e afirmou que as famílias estão a aceitar bem a Telescola.
“Famílias que têm muitas vezes que compaginar aquilo que é teletrabalho, tão complexo com o trabalho dos mais pequenos”.
“Ninguém estava preparado. Não havia aviso para este surto epidemiológico. E estamos a tentar dar a melhor resposta”, sublinhou.
“Se tivéssemos desistido dos nossos alunos. Todo o sistema de ensino e aprendizagem estivesse parado, teríamos três meses até ao fim do ano letivo sem ensino e depois mais três meses de verão, sem essa realidade.
O ministro da Educação reconheceu que “os dias de confinamento começam a ser muito longos”.
“Temos por um lado de continuar a cumprir esse confinamento. Mas também cuidar dos mais jovens. O seu bem-estar (…) Temos de criar rotinas, para que os dias possam ser passados sem tantas complicações”, salientou.
Sobre a falta de interação entre professores e alunos, Tiago Brandão Rodrigues salientou que “as escolas estão a fazer um trabalho notável”.
“Os nossos professores têm estado a interagir com os seus alunos. E sabemos que a cada dia que passa tudo vai correndo melhor”, enalteceu.
Tiago Brandão Rodrigues elogiou o trabalho das escolas, da sociedade civil e das autarquias que estão a fazer chegar a alguns alunos o material (computadores e tablets).
O ministro da Educação anunciou que em setembro, no início do novo ano letivo, todos os alunos do ensino obrigatório vão ter acesso a computadores.
Desde 16 de março que todos os estabelecimentos de ensino estão encerrados, por decisão do Governo para tentar controlar a disseminação do novo coronavírus.