Técnicos de emergência pré-hospitalar em greve

por Lusa
Os Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar estão em greve às horas extraordinárias Andre Kosters - Lusa

Os Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH) manifestam-se esta quarta-feira em frente ao parlamento, assinalando o início de uma greve às horas extraordinárias, para exigir a revisão da carreira e melhores condições salariais.

Convocado pelo Sindicato Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), o protesto acontece no dia em que arranca a discussão na generalidade do Orçamento do Estado na Assembleia da República.

Esperamos que (a greve) tenha um impacto bastante significativo na disponibilidade dos meios, mas também no preenchimento dos postos de atendimento nos CODU (Centros de Orientação de Doentes Urgentes)” do INEM, disse à Lusa o presidente do (STEPH), Rui Lázaro.

O dirigente sindical advertiu que “será de esperar não só um atraso no envio das ambulâncias, mas também no atendimento das chamadas”.

No pré-aviso de greve a que a Lusa teve acesso, o STEPH informa que, uma vez que a greve abrange apenas as horas extraordinárias, não considera haver lugar a serviços mínimos, pois “todo o trabalho urgente e emergente, em horário normal de trabalho, continuará a ser garantido em todos os turnos”.

O que é preciso fazer

No documento, o STEPH chama a atenção para a necessidade de rever a carreira, considerada pouco atrativa, que obriga os operacionais a “permanecerem estagnados numa categoria sem valorização”.

Rui Lázaro lembrou que o sindicato evitou “chegar a este ponto” durante o período do verão, mas sublinhou que a falta de resposta da tutela às reivindicações dos profissionais não lhes deixou outra alternativa.

No pré-aviso de greve, o STEPH lembra que o país precisa de uma “resposta ampla” para todo o sistema integrado de emergência médica, que reduza as assimetrias entre o interior e as grandes cidades, e considera que a revisão da carreira especial de Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH) “é a resposta mais segura, eficiente e eficaz”.

Além da carreira, o STEPH quer que seja igualmente revisto o índice remuneratório, que considera “demasiado baixo”, e pede igualmente a alteração do sistema de avaliação em vigor no INEM, que diz promover “a injustiça e a desmotivação dos trabalhadores”.
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