Já é conhecido o ranking das 500 escolas com melhores médias nos exames nacionais. Uma vez mais, os primeiros dez lugares são ocupados por escolas privadas e, se olharmos para os primeiros 50, apenas seis são públicas. O Colégio de Nossa Senhora do Rosário, no Porto, ficou em primeiro lugar na tabela. O estabelecimento público melhor classificado surge em 27.º lugar.
Logo depois surge o Colégio Efanor, também no Porto, com uma média de 15,98 valores e em terceiro lugar o Colégio D. Diogo de Sousa, no distrito de Braga, com uma média de 15,95.
É preciso descer até ao 27.º lugar deste ranking para encontrar a primeira escola pública com melhores resultados nacionais: a Escola Artística de Música do Conservatório Nacional, com uma média de 14,34. A segunda escola pública surge em 37.ª posição e é a Escola Artística António Arroio, em Lisboa, com 13,76. A Escola Secundária de Vouzela é a terceira escola de ensino público com melhor classificação (13,67 valores) e surge em 41.º lugar. A escola pública tem vindo a perder terreno para o privado. Em comparação com top 50 do ranking de 2022, há uma ligeira melhoria para as escolas públicas, mas a diferença para o privado continua a ser colossal.
Se olharmos para o top 50, encontramos apenas seis escolas públicas e 44 do privado. Em 2022, eram 45 privadas para apenas cinco públicas. Em 2005, eram 23 públicas e 27 privadas. Dez anos depois, eram 38 privadas e 12 escolas públicas.
Secundária de Vouzela é primeira no ranking da superação
O jornal Público e a Católica fazem ainda uma outra tabela, o chamado ranking da superação, que tem em conta o contexto socioeconómico das famílias. Neste ranking só entram escolas públicas e são tidos em conta vários fatores, como a idade média, a habilitação escolar dos pais e a percentagem de alunos que não recebe o apoio social escolar.
Feitas as contas, o ranking da superação destacou a Escola Secundária de Vouzela, no distrito de Viseu. O agrupamento de escolas de Arcozelo, em Ponte de Lima, ocupa o segundo lugar na tabela da superação.
Alunos chumbam menos, mas continua a ser difícil para carenciados
Os alunos estão a chumbar cada vez menos, mas o insucesso escolar continua presente nos estudantes mais carenciados.
As retenções e o abandono escolar têm diminuído em todos os níveis do ensino. Apesar das melhorias, o secundário continua a ser o ciclo com mais insucesso. Os dados apontam para a existência de 218 escolas com uma média de retenção no 12.º ano acima da média nacional. Entre as dez mais problemáticas, nove situam-se na Área Metropolitana de Lisboa
No 11.º ano, as taxas de retenção nacional situaram-se nos 4%, havendo 172 estabelecimentos de ensino acima dessa média e 361 abaixo. Mais uma vez, entre as dez mais problemáticas, oito localizam-se na Área Metropolitana de Lisboa. Cristina Borges - Antena 1
Os dados mostram ainda que continua a ser mais difícil para os alunos mais carenciados terminarem os estudos no tempo esperado.
Os alunos beneficiários de Apoio Social Escolar (ASE) têm mais dificuldades em concluir o seu nível de ensino no tempo esperado, mas a diferença em relação aos restantes alunos tem vindo a esbater-se, em especial no secundário.
Neste ranking, elaborado anualmente em parceria com o jornal Público e a Católica Business School, foram consideradas 575 escolas (486 públicas e 89 privadas).
A média nacional de todos os exames do secundário manteve-se praticamente inalterada em relação ao ano anterior, com uma ligeira melhoria das notas das escolas públicas em relação aos colégios.
A média nacional dos exames do secundário realizados em 2023 foi de 11,68 na escola pública e de 13,26 na privada.
c/ Lusa