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Suspeitas de corrupção em alfândegas. PJ realizou buscas em Lisboa, Setúbal e Sines

por RTP
Rui Cardoso - RTP

A Polícia Judiciária realizou esta terça-feira buscas em Lisboa, Setúbal e Sines. Em causa estão alegados crimes de corrupção que terão sido cometidos por funcionários das alfândegas. Dezenas de inspetores estiveram envolvidos nas buscas, que terminaram com quatro detenções, a constituição de 15 arguidos e a apreensão de mais de meio milhão de euros em dinheiro.

Em comunicado, a Polícia Judiciaria confirmou a realização da operação “Porthos". Foram detidos "quatro suspeitos de beneficiarem organizações criminosas dedicadas à exportação de elevadas quantidades de cocaína a partir da América Latina".

Estas organizações criminosas "utilizam os portos marítimos nacionais como porta de entrada de produtos estupefacientes na Europa", explica a PJ.

Foram constituídos 15 arguidos e apreendidos mais de meio milhão de euros em numerário, dez viaturas e cinco armas de fogo, adianta a Polícia Judiciária. Daniel Belo - Antena 1

A investigação criminal em curso “tem por objeto suspeitas da prática de crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, tráfico de estupefacientes e branqueamento de capitais”.
A operação está a ser executada na Área Metropolitana de Lisboa, em Setúbal, Sines e em Leiria e visa a execução de 32 mandados de busca, dos quais 14 domiciliárias e 18 não domiciliárias, para recolha de elementos de prova complementares.

A RTP apurou que os suspeitos são perto de uma dezena de funcionários da Autoridade Tributária colocados nas alfândegas, que alegadamente recebiam subornos de redes internacionais de tráfico de droga para deixarem entrar na Europa, via Portugal, contentores que transportavam droga, maioritariamente cocaína.

As redes internacionais com as quais colaboravam operam na Colômbia e no Brasil.

Os inspetores estão a recolher elementos de prova e não foram emitidos mandados de detenção.

A operação conta com a presença de 150 inspetores e peritos de diversas unidades de apoio da PJ e é acompanhada por quatro magistrados do Ministério Público. “A investigação criminal prosseguirá, no âmbito de inquérito dirigido pelo DCIAP”, lê-se no comunicado.
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