"Agora basta ser-se preto ou gay para ganhar Óscares", escreveu o fadista no Facebook. A SOS Racismo vai apresentar uma participação à Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial.
Alguns acharam graça ao comentário do músico e concordaram com a análise, outros repudiam-no e consideram-no "homofóbico e racista". É o caso da organização não-governamental SOS Racismo.
Em comunicado divulgado esta terça-feira, a associação anuncia que vai apresentar uma participação à Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR), o órgão em Portugal especializado no Combate à Discriminação Racial, que tem como missão "prevenir e proibir a discriminação racial sob todas as suas formas e sancionar a prática de atos que se traduzam na violação de direitos fundamentais (...)", lê-se na página da CICDR.
A SOS Racismo defende que os "atores sociais" têm a responsabilidade de "não sedimentarem preconceitos e legitimar racismos" e considera que, "no atual contexto político e com o crescimento de movimentos e discursos racistas, as declarações racistas e homofóbicas de João Braga devem ser denunciadas e repudiadas". A organização fundada em 1991 remata: "A agressão não é opinião, o insulto não é opinião, o racismo não é opinião".
Depois de ter recebido alguns comentários menos positivos de alguns utilizadores do Facebook, o fadista defendeu-se com o direito à liberdade de expressão e também essa publicação recebeu uma chuva de comentários.