Sondagem da Católica. O país está pior, a inflação e perda de rendimentos são as grandes preocupações
A maioria dos portugueses acha que o país está agora pior do que há um ano, com as questões da inflação e quebra de rendimentos e da saúde a pontificarem na ordem dos problemas que mais preocupam, revela uma sondagem do CESOP da Universidade Católica para a RTP, Antena1 e Público realizada entre os dias 11 e 15 de julho. Mais de metade dos inquiridos acha que deve haver uma remodelação no Executivo Costa, mas uma grande maioria acredita que o Governo vai cumprir o mandato até ao fim. Marta Temido e Pedro Nuno Santos são os ministros mais contestados.
Em comparação com as respostas fornecidas há um ano ao CESOP há um crescimento no grupo que vê o país em pior estado (de 58% para 63%).
São apontados como os maiores problemas do país: para 20% dos inquiridos é a taxa de inflação que está no topo das preocupações. Logo a seguir, na resposta de 12% da amostra, vêm as carências no Serviço Nacional de Saúde.
Seguem-se depois, no diagnóstico do estado do país, 8% que referem o próprio Governo e a governação como principal problema de Portugal. A guerra, a economia, a corrupção, os incêndios também entram nesta lista, mas a uma grande distância, com apenas 4% das respostas cada.
A avaliação do Governo também baixou. Ainda assim, para metade dos inquiridos o desempenho do Executivo tem sido razoável. Apenas 37% acham que é mau ou muito mau - são mais 8 pontos percentuais face ao inquérito de há um ano.
Apenas 10% dão nota muito positiva à governação de António Costa.
Em relação ao trabalho dos ministros, há dois titulares que são mais contestados. São os ministros das Infraestruturas e da Saúde: 22% abrem a porta à saída de Marta Temido; 15% também acham que Pedro Nuno Santos já não devia fazer parte do Governo.
Em particular em relação à recente crise aberta por causa do novo aeroporto de Lisboa, 65% acham que Pedro Nuno Santos ficou mal ou muito mal nesta questão. O mesmo dizem 51% em relação a António Costa.
Apenas um quarto da amostra considera que o primeiro-ministro esteve bem durante esta crise.
Ainda assim, uma larga maioria acredita que não haverá crises políticas e que o Executivo Costa vai cumprir a legislatura até ao final. Ou seja, para 69% dos inquiridos, eleições só em 2026. Os que acreditam que o Governo cai antes de 2026 são ap0enas 22%.
Ficha Técnica
Este inquérito foi realizado pelo CESOP – Universidade Católica Portuguesa para a RTP, Antena1 e Público entre os dias 11 e 15 de julho de 2022. O universo alvo é composto pelos eleitores residentes em Portugal. Os inquiridos foram selecionados aleatoriamente a partir duma lista de números de telemóvel, também ela gerada de forma aleatória. Todas as entrevistas foram efetuadas por telefone (CATI). Os inquiridos foram informados do objetivo do estudo e demonstraram vontade de participar. Foram obtidos 885 inquéritos válidos, sendo 46% dos inquiridos mulheres, 31% da região Norte, 21% do Centro, 33% da A.M. de Lisboa, 6% do Alentejo, 4% do Algarve, 3% da Madeira e 2% dos Açores. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição da população por sexo, escalões etários e região com base no recenseamento eleitoral e nas estimativas do INE. A taxa de resposta foi de 33%. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 885 inquiridos é de 3,3%, com um nível de confiança de 95%.
Ainda assim, uma larga maioria acredita que não haverá crises políticas e que o Executivo Costa vai cumprir a legislatura até ao final. Ou seja, para 69% dos inquiridos, eleições só em 2026. Os que acreditam que o Governo cai antes de 2026 são ap0enas 22%.
Ficha Técnica
Este inquérito foi realizado pelo CESOP – Universidade Católica Portuguesa para a RTP, Antena1 e Público entre os dias 11 e 15 de julho de 2022. O universo alvo é composto pelos eleitores residentes em Portugal. Os inquiridos foram selecionados aleatoriamente a partir duma lista de números de telemóvel, também ela gerada de forma aleatória. Todas as entrevistas foram efetuadas por telefone (CATI). Os inquiridos foram informados do objetivo do estudo e demonstraram vontade de participar. Foram obtidos 885 inquéritos válidos, sendo 46% dos inquiridos mulheres, 31% da região Norte, 21% do Centro, 33% da A.M. de Lisboa, 6% do Alentejo, 4% do Algarve, 3% da Madeira e 2% dos Açores. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição da população por sexo, escalões etários e região com base no recenseamento eleitoral e nas estimativas do INE. A taxa de resposta foi de 33%. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 885 inquiridos é de 3,3%, com um nível de confiança de 95%.