Sondagem Católica. PGR continua com avaliação "razoável"

por Ana Sofia Rodrigues - RTP

A sondagem da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e Público revela que 37% dos inquiridos avalia a atuação do Ministério Público e da Procuradoria-geral da República como "razoável". Se compararmos os resultados agora obtidos com os dados da sondagem de maio, vemos que são agora menos aqueles que consideram "má" ou "muito má" a atuação do MP e da PGR.

Na sondagem realizada pela Católica entre os dias 7 e 13 de julho, 30% dos inquiridos considerava “má” a atuação do Ministério Público e da Procuradoria-geral da República. Para 17%, a avaliação era mesmo de “muito má”. Na sondagem de maio, eram 34% os que indicava uma atuação “má” e 22% os que a consideravam “muito má”.
Depois de uma onda de críticas, a Procuradora-Geral da República, Luícilia Gago deu a primeira entrevista do mandato à RTP, no passado dia 8 de julho, altura em que estava a ser feita no terreno esta sondagem.
A maioria continua a considerar a atuação “razoável”. Agora são mais os que avaliam assim MP e PGR. Agora são 37%, enquanto em maio eram 35%.

Aumenta também o número daqueles que colocam a avaliação como “boa” (são agora 9%, enquanto em maio eram 6%) e “muito boa” (são agora 2%. Em maio, só 1% dava essa classificação). 

Se filtrarmos os inquiridos pelas suas preferências de voto, vemos que são mais os eleitores do PS aqueles que consideram “muito má ou má” a atuação daqueles organismos, acima dos votantes na AD (42%) e no Chega (32%), talvez a refletir o que é o sentimento causado pela Operação Influencer e o facto do socialista de António Costa ter saído do poder na sequência desta investigação.
A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 957 inquiridos é de 3,2%, com um nível de confiança de 95%.
Entre os eleitores da AD, 42% consideram a atuação do MP e PGR como “razoável” e 14% como “boa ou muito boa”.

Entre os socialistas, 28% consideram a atuação “razoável” e só 4% dá uma avaliação positiva.

Entre os votantes do Chega, 25% acham que a atuação foi “boa ou muito boa” e 41% considera que foi “razoável”.


Ficha Técnica:
Este inquérito foi realizado pelo CESOP–Universidade Católica Portuguesa para a RTP, Antena 1 e Público entre os dias 7 e 13 de julho de 2024. O universo alvo é composto pelos eleitores residentes em Portugal. Os inquiridos foram selecionados aleatoriamente a partir duma lista de números de telemóvel, também ela gerada de forma aleatória. Todas as entrevistas foram efetuadas por telefone (CATI). Os inquiridos foram informados do objetivo do estudo e demonstraram vontade de participar. Foram obtidos 957 inquéritos válidos, sendo 48% dos inquiridos mulheres. Distribuição geográfica: 30% da região Norte, 20% do Centro, 36% da A.M. de Lisboa, 5% do Alentejo, 4% do Algarve, 2% da Madeira e 3% dos Açores. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição da população por sexo, escalões etários, região e comportamento de voto com base nos dados do recenseamento eleitoral e das últimas eleições legislativas. A taxa de resposta foi de 21%*. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 957 inquiridos é de 3,2%, com um nível de confiança de 95%.

*Foram contactadas 3581 pessoas. De entre estas, 957 aceitaram participar na sondagem e responderam até ao fim do questionário.
PUB