Sócrates diz que processo Marquês é oportunidade para partido de extrema direita

por RTP

Foto: Mário Cruz - Lusa

José Sócrates defende que o processo Marquês constituiu uma oportunidade para o nascimento e afirmação do primeiro partido de extrema direita em Portugal.

O ex-primeiro ministro diz que estava tudo a postos, assim que foi detido, através de um clima de ódio instalado e o futuro chefe da extrema direita em Portugal, André Ventura, colocado como comentador do processo Marquês na televisão.

Num artigo de opinião que assina no jornal Público, o ex-primeiro ministro diz que processo de que é alvo é político e não judicial.

Sócrates adianta que as incriminações nasceram com objetivo de o impedir de se candidatar a Presidente da República e de legitimar as políticas de austeridade do governo que lhe sucedeu.

O antigo governante diz ainda que o processo Marquês surge depois de duas outras tentativas de o acusarem judicialmente, o processo Freeport e as chamadas escutas de Belém, ambos "falhados", nas palavras do ex- primeiro ministro.

Sócrates lembra ainda o juiz foi escolhido por "atribuição manual", manobra a que chama de "escândalo" e "trapaça".
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