O primeiro-ministro, José Sócrates, considerou que a proposta do Presidente da República para "um novo olhar sobre a escola" foi "uma palavra de incentivo para o Governo".
"Foram palavras de incentivo para o Governo", afirmou José Sócrates, em declarações aos jornalistas no final das cerimónias de comemoração dos 97 anos da proclamação da República.
Instado a comentar a intervenção de Cavaco Silva, que propôs um "novo olhar sobre a escola", mais ligada à comunidade, com maior envolvimento dos pais e em que a figura do professor seja prestigiada, o primeiro-ministro disse coincidir no apelo, considerando que a educação deve ser "uma prioridade para todos".
"É um apelo muito importante", sublinhou, defendendo igualmente um "envolvimento cada vez maior da sociedade".
Questionado sobre a `nota` de Cavaco Silva para a necessidade de prestigiar e acarinhar a figura do professor, José Sócrates recusou que esse apelo tenha sido uma crítica ao Governo.
"O Governo não ataca os professores", salientou, alertando os jornalistas para não confundirem "professores com sindicatos".
Ainda a este propósito José Sócrates recordou que o Presidente da República também falou da necessidade de estabilidade do corpo docente.
"É o que o Governo está a fazer", disse, lembrando que, actualmente, os professores são contratados por três anos e não apenas por um.
José Sócrates lembrou ainda várias medidas que o Governo tem posto em prática no sector da Educação, como a criação das aulas de substituição ou o alargamento do horário de funcionamento das escolas primárias até às 17:30.
"Houve uma verdadeira revolução na escola primária", assinalou.