Só três das 14 freguesias de Vila Pouca de Aguiar não foram atingidas

por Lusa

A presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar disse hoje que em apenas três das 14 freguesias do concelho não houve alerta de incêndio desde segunda-feira, antevendo prejuízos enormes na floresta e agricultura.

Esta manhã, o concelho mantém três fogos ativos, distantes, que lavram em quatro frentes. O alerta para o primeiro incêndio foi dado pelas 07:30 de segunda-feira e a situação foi-se agravando ao longo do dia, com as chamas a manterem-se ativas até hoje, com preocupações centradas nas frentes de Vilela da Cabugueira e do Guilhado.

Por isso mesmo, Ana Rita Dias disse que não é possível contabilizar, para já, a área ardida, mas antevê "prejuízos enormes" nas principais atividades económicas do concelho, a agricultura e a floresta.

"Das 14 freguesias que há no concelho, só não tivemos alerta de incêndio em três", afirmou à agência Lusa.

Como consequências patrimoniais há a registar, desde segunda-feira, uma casa de habitação ardida na aldeia de Zimão, que deixou um idoso desalojado, sendo que o fogo atingiu pelo menos cinco casas devolutas e três armazéns.

Segundo a autarca, esta manhã havia 68 operacionais, entre bombeiros e sapadores, distribuídos pelos três incêndios (Sabroso de Aguiar, Bornes de Aguiar e Vreia de Jales), que estiveram toda a noite no terreno, sem se perspetivar um reforço de meios.

O apoio dos meios aéreos, que Ana Rita Dias considerou importante para travar a progressão das frentes em Vilela da Cabugueira e do Guilhado, foi pedido às 06:30.

"A resposta é que está em lista de espera. É a resposta que temos tido desde segunda-feira. Só espero que entendam que o território não pode ficar em lista de espera com as catástrofes que temos verificado aqui", afirmou.

No entanto, segundo a página da Internet a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), está mobilizado um helicóptero para atuar na zona de Vilela da Cabugueira.

Sete pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real e Viseu, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.

A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 62 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, atingidas pelos incêndios desde o fim de semana, já arderam 47.376 hectares.

O Governo já declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.

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