Crise INEM. Líder socialista acusa Governo de "negligência, irresponsabilidade e incompetência"
Pedro Nuno Santos considerou, esta sexta-feira, que a crise no serviço de Emergência Médica é "grave" e se deveu à "desvalorização" por parte do primeiro-ministro dos avisos de greve dos profissionais de saúde. Numa conferência de imprensa, o líder socialista acusou o Governo de "negligência, de irresponsabilidade e de incompetência".
O secretário-geral do PS responsabilizou o primeiro-ministro pela crise no INEM, advertindo que não é um problema exclusivo da ministra da Saúde e exigindo que se retirem consequências políticas.
“Sabemos hoje que o Governo sabia e já há muito tempo que esta greve, primeiro, podia ocorrer e, pelo menos há dias, que a greve ia ocorrer”, apontou Pedro Nuno Santos.
“Sabemos também que o Governo nada fez para evitar a greve nem para minorar os impactos desta greve", acusou ainda, acrescentando que, na visão socialista, "bastava uma reunião para impedir que a greve acontecesse tal como agora foi conseguido".
“Sabemos também que o Governo nada fez para evitar a greve nem para minorar os impactos desta greve", acusou ainda, acrescentando que, na visão socialista, "bastava uma reunião para impedir que a greve acontecesse tal como agora foi conseguido".
Numa declaração aos jornalistas na sede do partido, em Lisboa, o líder do PS considerou que Luís Montenegro tem de retirar consequências políticas da crise dos últimos dias nos serviços de emergências médica, embora nunca tenha exigido a demissão da ministra da Saúde.
“Infelizmente, foi só após oito mortes, aparentemente motivadas por atrasos no serviço de Emergência Médica, que o Governo sentiu necessidade de intervir”, lamentou o líder da oposição.
Segundo Pedro Nuno Santos, o Executivo de Luís Montenegro “não só não fez nada para evitar a tempo esta greve, como aparentemente também não fez nada para minorar o impacto desta greve", desde logo porque "não foram decretados serviços mínimos”.
Segundo Pedro Nuno Santos, o Executivo de Luís Montenegro “não só não fez nada para evitar a tempo esta greve, como aparentemente também não fez nada para minorar o impacto desta greve", desde logo porque "não foram decretados serviços mínimos”.
Os serviços mínimos, argumentou o socilista, também “podem ser implementados às greves ao trabalho suplementar”.
“E neste caso em concreto, o Governo tinha obrigação de procurar, decretar ou apresentar uma proposta de serviços mínimos para esta greve, porque obviamente o Governo sabe e tem obrigação de saber que o trabalho suplementar é essencial para o bom funcionamento do INEM”.
“E neste caso em concreto, o Governo tinha obrigação de procurar, decretar ou apresentar uma proposta de serviços mínimos para esta greve, porque obviamente o Governo sabe e tem obrigação de saber que o trabalho suplementar é essencial para o bom funcionamento do INEM”.
“O primeiro-ministro optou por desvalorizar esta greve, dizendo mesmo que não pode andar atrás de pré-avisos de greve”, acusou então Pedro Nuno Santos.
E esta “desvalorização” por parte de Luís Montenegro preocupa o PS “porque fica evidente que o problema (…) não se resolve apenas com a substituição da senhora ministra, mas sim com uma alteração muito importante da forma como o Governo gere problemas com que se vai confrontando”.
E esta “desvalorização” por parte de Luís Montenegro preocupa o PS “porque fica evidente que o problema (…) não se resolve apenas com a substituição da senhora ministra, mas sim com uma alteração muito importante da forma como o Governo gere problemas com que se vai confrontando”.
“Estamos numa situação muito grave de negligência, de irresponsabilidade e de incompetência do Governo português”.
Pedro Nuno Santos frisou que a responsabilidade da crise no INEM já não é só da ministra da Saúde como "também do Governo todo e do primeiro-ministro em particular", uma vez que, disse, "optou por desvalorizar" a greve dos profissionais de emergência médica, em vez de garantir que a situação iria ser averiguada e daí ser retiradas consequências.
"A avaliação sobre a continuidade da senhora ministra não é do líder do PS, deve ser feita pelo primeiro-ministro", afirmou o líder socialista.
A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) abriu um inquérito aos casos de mortes noticiados nos últimos dias por alegados atrasos no atendimento do INEM.
As falhas ou atrasos na resposta do serviço 112 e no encaminhamento para os CODU, do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), devido à greve dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar têm levantado forte polémica e já terão levado à morte de pelo menos seis pessoas.
"A avaliação sobre a continuidade da senhora ministra não é do líder do PS, deve ser feita pelo primeiro-ministro", afirmou o líder socialista.
A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) abriu um inquérito aos casos de mortes noticiados nos últimos dias por alegados atrasos no atendimento do INEM.
As falhas ou atrasos na resposta do serviço 112 e no encaminhamento para os CODU, do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), devido à greve dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar têm levantado forte polémica e já terão levado à morte de pelo menos seis pessoas.