António Antunes - RTP
Sindicatos médicos arrasam o novo modelo de funcionamento das urgências de Ginecologia e Obstetrícia e falam em sério risco para a segurança materno-infantil
Uma portaria do Ministério da Saúde publicada hoje em Diário da República estabelece a necessidade de um contacto telefónico prévio com a linha SNS 24 antes do acesso às urgências de Obstetrícia e Ginecologia do Serviço Nacional de Saúde, implementando um projeto-piloto na região de Lisboa e Vale do Tejo, que arrancará na segunda-feira em algumas Unidades Locais de Saúde, com previsão de alargamento a todo o país após três meses.
Manifestando preocupação similar, o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, Nuno Rodrigues, afirma “total oposição” ao novo modelo de funcionamento das urgências de Ginecologia e Obstetrícia, considerando que revela “uma alarmante falta de compromisso” com a segurança das grávidas e dos profissionais de saúde.
O projeto-piloto contestado pelas estruturas sindicais foi traçado pela Comissão Nacional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente. O presidente, o médico Caldas Afonso, garante que o novo modelo permite maior segurança no atendimento às grávidas, para além de evitar os encerramentos das urgências de Obstetrícia e Ginecologia.