Sindicato dos Magistrados do Ministério Público acusa classe política de tentativa de interferência
O presidente do sindicato dos Magistrados do Ministério Público não compreende as críticas à forma como foram conduzidas as buscas à sede do PSD e à casa de Rui Rio, acusando a classe política de tentativa de interferência em investigações judiciais.
O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público fala de um ataque à independência do sistema judicial e diz que, com estas declarações da classe política, o país arrisca-se a seguir o exemplo de outros países, onde não existe verdadeira liberdade na atuação da investigação criminal e dos tribunais. Ao contrário do que foi pedido por vários protagonistas políticos, o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público considera que a Procuradora Geral da República não tem de vir dar explicações sobre os processos em curso.
Adão Carvalho também estranha a crítica feita pelo presidente da Assembleia da República sobre o caso concreto das buscas a envolver o PSD. Os magistrados do Ministério Público reagem assim à chuva de críticas que têm sido dirigidas à Procuradoria Geral da República, na sequência da investigação às contas do PSD e às verbas utilizadas para o pagamento dos salários de funcionários que estariam a trabalhar para ao partido, mas fora do Parlamento.
O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público acusa os políticos de estarem a tentar condicionar a investigação criminal.