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Sindicato dos Magistrados do Ministério Público acusa classe política de tentativa de interferência

por Antena 1

O presidente do sindicato dos Magistrados do Ministério Público não compreende as críticas à forma como foram conduzidas as buscas à sede do PSD e à casa de Rui Rio, acusando a classe política de tentativa de interferência em investigações judiciais.

Ouvido pela Antena 1, Adão Carvalho lamenta que o próprio presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, tenha vindo exigir explicações ao Ministério Público sobre este caso.

O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público fala de um ataque à independência do sistema judicial e diz que, com estas declarações da classe política, o país arrisca-se a seguir o exemplo de outros países, onde não existe verdadeira liberdade na atuação da investigação criminal e dos tribunais.
Ao contrário do que foi pedido por vários protagonistas políticos, o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público considera que a Procuradora Geral da República não tem de vir dar explicações sobre os processos em curso.

Adão Carvalho também estranha a crítica feita pelo presidente da Assembleia da República sobre o caso concreto das buscas a envolver o PSD.
Os magistrados do Ministério Público reagem assim à chuva de críticas que têm sido dirigidas à Procuradoria Geral da República, na sequência da investigação às contas do PSD e às verbas utilizadas para o pagamento dos salários de funcionários que estariam a trabalhar para ao partido, mas fora do Parlamento.

O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público acusa os políticos de estarem a tentar condicionar a investigação criminal.
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