No seu discurso no dia 10 de Junho, em Braga, o presidente da República destacou esta sexta-feira o povo português e a importância da "arraia-miúda" na afirmação de Portugal.
“Sem o povo, sem a arraia-miúda de que falava Fernão Lopes, não teria havido o Portugal que temos”, disse Marcelo Rebelo de Sousa. “Porque foi esse povo quem morreu aos milhares na conquista do território, que partiu em cascas de noz pelos oceanos, para o desconhecido”, destacou. Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que este ano se celebra dois séculos da Constituição de 1822 e da independência do Brasil.
“Celebramos este ano dois séculos do começo do fim do nosso império colonial, partilhando o júbilo dos nossos irmãos do outro lado do Atlântico, o outro passo do nosso povo, que se desdobrou em dois: o povo brasileiro e o povo português”, lembrou o presidente da República.
Marcelo acrescentou que 180 anos mais tarde, em 2002, “renascia como independente Timor-Leste”, destacando que o povo português “esteve 100 por cento unido ao povo timorense”.
“A unir tudo isto, sempre o povo, o povo português”, sublinhou.
“A nossa pátria é história, é memória, é língua, é alma, é sucesso e fracasso, heróis, líderes, mas é muito mais do que isso: é povo”, rematou Marcelo Rebelo de Sousa.