José Sena Goulão - Lusa
O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público disse que é preciso apurar toda a verdade. É a reação ao inquérito anunciado hoje pela procuradora-geral da República para averiguar uma eventual violação do segredo de justiça no processo operação "Tutti-Frutti", depois de terem sido divulgadas escutas telefónicas na comunicação social.
Sobre a demora da investigação, o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público lembrou que a falta de meios é um problema antigo, acrescentando que essa falta era ainda mais grave há sete anos quando arrancou o processo operação "Tutti-Frutti".
Adão Carvalho pede, por isso, que a hierarquia do Ministério Público esteja atenta e exija mais recursos.
A procuradora-geral da República, Lucília Gago, justificou hoje os atrasos no caso 'Tutti Frutti' com a "falta de recursos", dizendo que a divulgação das escutas está a ser investigada por violação do segredo da justiça.
Lucília Gago anunciou também a abertura de um inquérito para averiguar a violação do segredo de justiça neste caso, depois da divulgação de escutas telefónicas, na comunicação social.