Relatório de Segurança Interna associa hip-hop à criminalidade de grupo

por Antena 1

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A investigadora Soraia Simões, autora de vários estudos sobre a cultura hip-hop em Portugal, diz-se incrédula com os dados do Relatório Anual de Segurança Interna.

O documento indica que a criminalidade de grupo foi uma das que mais cresceu entre 2020 e 2021, quase oito por cento, e associa o fenómeno à cultura do hip-hop.

O documento diz que este tipo de crimes - entre roubos e assaltos - é praticado sobretudo por jovens entre os 15 e os 25 anos.

O documento salienta a cultura hip-hop como uma das formas de expressão de grande parte destes jovens, não só através da gravação de videoclips como também de roupas e cartazes que publicitam o respetivo gangue, ou o bairro onde vivem.

Conclusões que Soraia Simões considera redutoras e discriminatórias. A investigadora defende ainda que, com a informação que existe sobre o fenómeno do hip-hop, relacionar o movimento e a expressão musical ao crime é algo que não faz sentido.
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