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Regularizada situação de débito de oxigénio no Hospital Amadora-Sintra

por RTP
O Hospital de Amadora-Sintra agradece "a solidariedade dos hospitais que receberam os doentes" Pedro Nunes - Reuters

O Hospital Fernando Fonseca adiantou esta quarta-feira que a rede de oxigénio está já "a funcionar de forma estabilizada e dentro de padrões de segurança". A sobrecarga da rede levou a estrutura que serve os concelhos de Sintra e Amadora a acionar a transferência de mais de meia centena de doentes para outras unidades.

Em comunicado, o Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) "informa que a sua rede de oxigénio medicinal encontra-se a funcionar de forma estabilizada e dentro de padrões de segurança, mantendo-se a monitorização permanente do seu fluxo. Tal como informado, verificaram-se ao início da noite de ontem um conjunto de constrangimentos na referida rede, tornando aconselhável a transferência de 53 doentes para outras unidades de saúde da região de Lisboa, com vista a garantir a diminuição do número de doentes internados a quem é necessário administrar oxigénio em alto débito".

Ainda de acordo com o Hospital de Amadora-Sintra, nunca esteve em causa "a disponibilidade de oxigénio ou o colapso da rede, dado que os constrangimentos estavam relacionados com a dificuldade existente em manter a pressão. De igual modo, em momento algum os doentes internados estiveram em perigo devido a esta ocorrência, tendo as flutuações da rede sido colmatadas com recurso a garrafas de oxigénio, envolvendo a mobilização de vários profissionais, cujo esforço se enaltece e agradece publicamente".
A unidade agradece "a solidariedade dos hospitais que receberam os doentes" que foram transferidos e "corporações de bombeiros, INEM e empresas privadas que permitiram transferir os doentes num tempo relativamente curto. Este verdadeiro funcionamento em rede, envolvendo várias entidades, permitiu dar uma resposta exemplar a uma ocorrência extremamente desafiante".
Hospital com maior número de internamentos por Covid-19

Diz ainda o comunicado enviado às redações que "o HFF é o hospital da região Lisboa com mais doentes Covid-19 internados: 363 à data de ontem, registando-se um aumento de 400 por cento desde 1 de janeiro. Muitos destes doentes necessitam de oxigénio medicinal em alto débito".

Em curso estarão já "um conjunto de obras para reforço da rede de fornecimento de oxigénio, designadamente as áreas das enfermarias, serviços de urgência, unidades de cuidados intensivos, entre outras. O reforço desta infraestrutura vai melhorar a capacidade de resposta a eventuais necessidades de aumento do consumo".

Diz ainda o Hospital que "tiveram também já início os trabalhos de instalação de uma rede redundante na Torre Sintra, que - tal como a rede redundante já instalada na torre Amadora - irá reforçar a rede de gases medicinais já existente. Adicionalmente vai também ser instalado um tanque de oxigénio para alimentar em exclusivo a Área Dedicada a Doentes Respiratórios do Serviço de Urgência e que ficará independente da rede principal do HFF".
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