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"Reduzir ranking de escolas a médias de exames finais é redutor e injusto"

por RTP

O presidente da Associação Nacional de Diretores Escolares, Filinto Lima, relativiza o valor do ranking das escolas, que se repete há 19 anos. "São as médias do resultados dos alunos em contexto de exame", observa. No entanto, salienta o facto de os estabelecimentos públicos dominarem a nova tabela de superação.

"Ou seja escolas que puxam para cima pelos alunos, que ficam muito para além do que era expectável. E que de facto ficam nos lugares cimeiros. Isso é que é importante", afirmou esta sexta-feira Filinto Lima, entrevistado no Bom Dia Portugal. "O caminho é este. É o caminho da superação. São as escolas que puxam os nossos alunos para cima".

Para o presidente da Associação Nacional de Diretores Escolares, "reduzir o ranking das escolas basicamente ao critério-mãe, que é o critério das médias das notas dos exames finais do secundário, é muito redutor e injusto para as escolas que estão a ocupar os últimos lugares e é uma ilusão para as escolas que estão nos lugares cimeiros".

Filinto Lima defende ainda que o ranking deveria ter outros critérios, "como por exemplo o critério das explicações. Há muitos alunos no privado e do público com apoio extraordinário escolar. Não é na escola, é fora da escola. E por isso, têm sucesso nos exames".

"Há alunos que não têm todas as aulas a todas as disciplinas, devido à escassez de professores. Há escolas onde a estabilidade do corpo docente é um problema. Tudo isto deveria entrar como critério se queremos comparar, graduar justamente, as escolas, quer públicas quer privadas", defendeu o presidente da Associação Nacional de Diretores Escolares.

No entanto, Filinto Lima frisa que o ranking "está ainda longe da realidade, se é que queremos comparar as escolas".
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