"Reduzir ranking de escolas a médias de exames finais é redutor e injusto"
O presidente da Associação Nacional de Diretores Escolares, Filinto Lima, relativiza o valor do ranking das escolas, que se repete há 19 anos. "São as médias do resultados dos alunos em contexto de exame", observa. No entanto, salienta o facto de os estabelecimentos públicos dominarem a nova tabela de superação.
Para o presidente da Associação Nacional de Diretores Escolares, "reduzir o ranking das escolas basicamente ao critério-mãe, que é o critério das médias das notas dos exames finais do secundário, é muito redutor e injusto para as escolas que estão a ocupar os últimos lugares e é uma ilusão para as escolas que estão nos lugares cimeiros".
Filinto Lima defende ainda que o ranking deveria ter outros critérios, "como por exemplo o critério das explicações. Há muitos alunos no privado e do público com apoio extraordinário escolar. Não é na escola, é fora da escola. E por isso, têm sucesso nos exames".
"Há alunos que não têm todas as aulas a todas as disciplinas, devido à escassez de professores. Há escolas onde a estabilidade do corpo docente é um problema. Tudo isto deveria entrar como critério se queremos comparar, graduar justamente, as escolas, quer públicas quer privadas", defendeu o presidente da Associação Nacional de Diretores Escolares.
No entanto, Filinto Lima frisa que o ranking "está ainda longe da realidade, se é que queremos comparar as escolas".