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Guerra no Médio Oriente. A escalada do conflito ao minuto

"Queríamos ser otimistas mas somos realistas", adverte André Pestana

por RTP

Foto: Paulo Novais - Lusa

O coordenador do S.TO.P. considera "estranha a expectativa" do ministro da Educação para a negociação suplementar desta quinta-feira com os sindicatos dos professores.

"O que tem mobilizado os profissionais da educação são três questões: a igualdade entre os docentes do continente e os docentes do arquipélago - e obviamente aqui estamos a abranger a questão da contagem integral do tempo de serviço -, reconhecemos e estamos disponíveis para negociar a questão do tempo, o ritmo a que será contado, o fim das quotas de acesso ao quinto e sétimo escalões, também, e depois uma questão muito importante, que é a dos profissionais não docentes", atalhou o dirigente do Sindicato dos Todos os Profissionais da Educação.

"As escolas não funcionam só com docentes. Eles têm um papel fundamental, os não docentes, e nós exigimos mais profissionais não docentes nas escolas, eles estão exaustos, com melhores salários e carreiras dignas e um aumento de salarial de 120 euros para compensar a inflação", continuou.André Pestana assinala que os "avanços são muito pequenos".

"O Governo pretende criar um novo organismo, que não existia, que inicialmente, a 7 de novembro, chegou a chamar de conselho de diretores interlocal ou intermunicipal. Agora mudou o nome: ficou conselho de QZP, quadros de zona pedagógica", apontou o dirigente sindical, a título de exemplo de posições da tutela que o S.TO.P. considera "graves".

"Mas quando vamos ver a definição, no fundo, é o mesmo conselho de diretores que vai ter o poder para distribuir os horários de docentes", acentuou.

"Isto poderá ser o primeiro passo para os diretores terem, pode ser daqui a um ano ou dois, um poder totalmente abusivo".

Relativamente aos professores contratados, André Pestana sinaliza que há muitos profissionais que preferem não ser vinculados nas atuais condições.

O coordenador do S.TO.P. quis ainda clarificar que a posição do sindicato relativamente ao que vier a ser o desfecho da negociação suplementar: "No máximo, iremos receber uma nova proposta, se for o caso, e iremos partilhar essa proposta para que os profissionais da educação, que estão nas escolas, decidam democraticamente".
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