A PSP vai participar ao Ministério Público a manifestação desta quarta-feira dos bombeiros sapadores na Assembleia da República, considerando que foi violado um conjunto de regras, como a ocupação da escadaria.
Segundo Manuel Gonçalves, uma das situações está relacionada com a ocupação da escadaria da Assembleia da República e pode estar em causa "a invasão de um espaço limitado".
Outra das situações, avançou, tem a ver com a realização por alguns bombeiros sapadores de dois desfiles que não foram comunicados à autoridades.
O oficial explicou que a manifestação para a zona da Assembleia da República estava autorizada, mas realizaram-se dois outros desfiles que não foram comunicados e obrigaram à mobilização de meios por parte da PSP.
Segundo Manuel Gonçalves, estes desfiles partiram do Marquês do Pombal em direção ao Largo do Rato e da zona do Cais do Sodré em direção ao Parlamento, tendo depois se juntado à manifestação autorizada em frente à Assembleia da República.
Citando a lei que regula o direito de reunião e manifestação, o chefe da Área Operacional do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP disse que "há um conjunto de regras que a serem infringidas implicam a comunicação ao Ministério Público, podendo-se estar perante a prática de um crime".
O oficial da PSP disse ainda que a polícia vai avaliar e investigar as várias situações em que foram rebentados petardos, lançadas tochas e queimados pneus, uma vez que poderão estar em causa contraordenações.
"Normalmente e nestas situações o que deve ser feito é identificar as pessoas, mas como estávamos numa manifestação com centenas de pessoas há que ponderar a ação concreta e fazer uma avaliação. Vamos verificar e fazer uma investigação e se for possível procedemos dessa forma [contraordenação], disse ainda.
Centenas de bombeiros sapadores ocuparam hoje a escadaria da Assembleia da República, num protesto que começou ao meio-dia, com rebentamento de petardos e queima de pneus, tendo desmobilizado três horas depois.