Protesto popular junto à AR condena decisão judicial sobre violação de jovem em Loures
Pedro A. Pina - RTP
Esta tarde a rua de São Bento, em frente à Assembleia da República, vai ser palco de uma manifestação em resposta ao caso da alegada violação de uma jovem de 16 anos em Loures.
Um protesto que exige respostas mais eficazes por parte das autoridades nos crimes de abuso sexual, como explica Manuela Tavares da UMAR, a União de Mulheres Alternativa e Resposta que apoia este protesto.
O caso envolve três jovens suspeitos, entre 17 e 19 anos, conhecidos como influenciadores, nas redes sociais, que terão filmado o abuso e partilhado o vídeo nestas plataformas.
Apesar da gravidade, os suspeitos não ficaram detidos, sendo apenas obrigados a apresentações periódicas e proibição de contactar a vítima.
Esta decisão judicial provocou forte indignação pública, com uma carta aberta já assinada por mais de cinco mil pessoas, que criticam o que classificam de "perigosa mensagem de impunidade" enviada pelo sistema judicial.
Manuela Tavares da UMAR defende que é preciso apontar o holofote para situações como esta que jamais devem ser normalizadas.
Violação não se filma, condena-se na justiça e na sociedade.
Um lema que suporta o protesto, que está previsto para as 15h00 deste sábado em frente à Assembleia da República e junto à Assembleia Legislativa da Madeira.