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Protesto pela emergência climática ruma ao porto de Sines este sábado

por Diana Palma Duarte - RTP
Foto: Vítor Oliveira - Wikimedia Commons

Após semanas de bloqueio em escolas e faculdades com o movimento Fim ao Fóssil, a plataforma Parar o Gás promete levar até ao Porto de Sines um protesto coletivo com o objetivo de bloquear a "porta principal de entrada" de gás no país.

Os ativistas chegarão a Sines a partir de várias cidades numa ação climática agendada para este sábado, às 10h00.

A ideia é bloquearem, em grupo, o funcionamento do porto da REN para travar, segundo dizem, os crimes que ocorrem diariamente neste porto.

Os ativistas culpam a REN e a EDP de expandirem as infraestruturas de gás fóssil do Terminal de Gás Natural Liquefeito do Porto de Sines e consequentemente o agravamento da crise climática.

Sinan Éden faz parte do Climáximo, um movimento internacional pela justiça climática e diz à RTP que não teme ser bloqueado pelas autoridades porque o importante é chamar a atenção da sociedade e do governo contra o estado de “ alienação” vivido no país.

“A vida das pessoas está a ser afetada neste preciso momento pela crise climática, seja em Portugal, seja em Moçambique, Angola ou Brasil. Alguém decide para onde queremos olhar e não estamos a olhar para o sítio certo”.
Sinan, que também vai sair de Lisboa rumo a Sines na manhã deste sábado dia 13, o “tamanho do desafio é tão grande que cada um de nós em qualquer sítio onde estejamos, no trabalho, em casa, ou na vida social, preferimos alienar-nos porque conectarmo-nos com ele é devastador”.

No comunicado enviado às redações, a plataforma de ação Parar o Gás promete agir e realizar a mais disruptiva e criativa ação de resistência civil que o movimento pela justiça climática já fez em Portugal para travar os crimes que ocorrem diariamente no porto de Gás Natural Liquefeito (GNL).

Reclamam que a continuação em funcionamento do GNL é parte significativa da contribuição portuguesa para o caos climático.
Dizem ainda que emissões de gases de efeito estufa nunca foram tão altas, e é por isso que o mundo vive temperaturas recorde e fenómenos climáticos extremos.

Ainda assim, concluem, o investimento público e privado em infraestruturas fósseis nestas empresas não parou, assim como não pararam de subir os custos de energia que possibilitaram lucros históricos, da REN, da Galp, da EDP e da Trustenergy, precipitarando o país para a maior inflação das últimas décadas.
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