O incêndio que lavra no concelho de Penacova ainda está ativo mas os operacionais no terreno pretendem dominar o fogo e consolidar grande parte do perímetro durante a noite, referiu hoje fonte da Proteção Civil.
"O objetivo é dominar o incêndio durante a noite e consolidar grande parte do perímetro. A missão dos vários operacionais, bombeiros e GNR, é precisamente tentar controlar o incêndio durante a noite", explicou Nuno Seixas, 2.º comandante distrital de Coimbra da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em declarações aos jornalistas.
Num balanço por volta das 22:00, Nuno Seixas referiu que não havia nenhuma aldeia em risco naquele momento, depois de durante a tarde "duas ou três aldeias" terem estado ameaçadas pelo fogo.
"A orografia do terreno, o tipo de combustíveis, a meteorologia, como o vento, obrigou a uma resposta musculada, numa zona complicada, quer por um lado quer por outro", referiu o responsável, apontando que a situação podia "ter sido muito mais complicada".
Nuno Seixas explicou ainda que algumas zonas do incêndio merecem maior atenção pelos difíceis acessos, o que obriga a "arder com controlo dos operacionais" para evitar que possa dar origem a um fogo maior.
O incêndio deflagrou pelas 14:12 numa zona de mato da povoação de Boas Eiras, na freguesia e concelho de Penacova.
De acordo com a informação disponível às 22:15 no `site` da ANEPC, o fogo mobilizava 540 operacionais apoiados por 166 viaturas.
Durante a tarde, os idosos de um lar da localidade de Miro foram retirados "por precaução", informou o presidente da Câmara Municipal.
Em declarações à agência Lusa, Álvaro Coimbra explicou que os idosos foram levados para o Pavilhão Municipal de Penacova "apenas por precaução".
O autarca referiu ainda que, durante a tarde, também já tinham sido retiradas algumas pessoas das suas habitações em Carvalhal de Mansores.
"Foram colocados num ponto estratégico, por precaução, como se faz no Programa Aldeias Seguras Pessoas Seguras. Ficaram reunidos na capela", avançou.