O ministro da Educação, João Costa, volta a receber esta quarta-feira sindicatos do setor para retomar o processo negocial sobre a revisão do regime de recrutamento e mobilidade de professores, mais de dois meses após a última reunião.
Na sexta-feira passada, o ministro disse, em conferência de imprensa, que iria levar às negociações propostas concretas sobre o novo modelo de recrutamento, sem mais detalhes, afirmando que “depois do diálogo com os sindicatos, oportunamente estas propostas serão conhecidas”.
No domingo, a RTP apurou junto de fonte do Governo que o Ministério da Educação estava disponível para vincular professores ao cabo de três contratos, passando assim a vigorar o mesmo tempo necessário para vinculação na restante Administração Pública. Ideia que não demoveu os protestos da classe docente.
A terceira ronda negocial acontece num momento de forte contestação dos professores, que rejeitam algumas das intenções da tutela para o novo regime de recrutamento e mobilidade e reivindicam respostas a vários problemas antigos, relacionados com condições de trabalho e salariais, progressão na carreira e precariedade.
Os professores estão em greve desde 9 de dezembro, estando a decorrer, atualmente, três greves distintas convocadas por várias organizações sindicais.S.T.O.P. mantém protestos por tempo indeterminadoEstão também em curso protestos e manifestações do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (S.T.O.P.). Em Oeiras, houve uma marcha lenta com dezenas de professores. À tarde, as manifestações continuaram em Setúbal.
Proposta do Governo prevê mais quadros de escola
O Governo está disponível para vincular professores tal como no resto da Administração Pública. Mas a Fenprof diz que não percebe a novidade, já que falta esclarecer como vai ser feita a contagem de tempo.
Fenprof fala em 90% de adesão à greve dos professores
O presidente do Sindicato de Professores da Grande Lisboa e secretário-geral adjunto da Fenprof diz haver concelhos em que as escolas não abriram. Trinta e três escolas no concelho de Lisboa terão ficado esta manhã de portas fechadas.
O presidente do Sindicato de Professores da Grande Lisboa e secretário-geral adjunto da Fenprof diz haver concelhos em que as escolas não abriram. Trinta e três escolas no concelho de Lisboa terão ficado esta manhã de portas fechadas.
País não vai aguentar situação atual por "muito tempo", avança a CNE
"Nenhum país aguentará uma situação destas por muito tempo". Este é o alerta deixado na Antena 1 pelo presidente do Conselho Nacional de Educação, Domingos Fernandes.
"Nenhum país aguentará uma situação destas por muito tempo". Este é o alerta deixado na Antena 1 pelo presidente do Conselho Nacional de Educação, Domingos Fernandes.
O órgão consultivo acompanha com particular preocupação os protestos nas escolas e o braço-de-ferro entre Governo e professores. Domingos Fernandes acredita que em breve será encontrada uma solução, até porque as escolas e famílias não aguentam muito mais tempo.
Entrevistado esta segunda-feira na Antena 1, o presidente do Conselho Nacional de Educação reconhece que os professores estão cansados da falta de respostas para problemas antigos.
c/ Lusa
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