Professores com "esperança" em solução que lhes permita ficar mais perto de casa

por Lusa

Matosinhos, Porto, 10 set (Lusa) -- Professores que hoje estiveram reunidos com o primeiro-ministro, António Costa, em Matosinhos, saíram do encontro "com esperança" na resolução do problema do concurso de colocações de professores, que dizem ser "injusto" e "ilegal".

Após chegar ao Centro de Congressos de Matosinhos, onde participa hoje numa ação de campanha da candidata do PS à Câmara de Matosinhos, Luísa Sagueiro, o primeiro-ministro recebeu quatro professores de um grupo de mais de 100 que esteve concentrado à sua espera.

No final do encontro, que durou cerca de meia hora, dentro do Centro de Congressos, o professor Paulo Fazenda afirmou aos jornalistas que "há esperança" na resolução do problema.

"A solução política não passa por nós", disse, acrescentando que António Costa ficou sensível, "percebeu as causas e as consequências", e disse que vai falar com o ministro da Educação para "tentar resolver" o problema "antes de o ano letivo se iniciar, ainda que o início desse ano letivo sofresse um adiamento".

Cerca de 100 professores dos quadros estiveram hoje concentrados em frente ao centro de congressos de Matosinhos à espera da chegada do primeiro-ministro, António Costa, protestando contra o concurso que consideram "injusto e ilegal".

Segundo Manuela Almeida, professora do movimento de docentes `Luta de Professores por um Concurso Mais Justo`, o desenvolvimento do processo de colocação de professores "é fatídico", porque em democracia a lei permite que se alegue o interesse público e se mantenha "a injustiça e a ilegalidade do concurso de colocação de professores efetivos".

Os professores queriam reunir-se com António Costa para que fosse possível, aos docentes que ficaram colocados a centenas de quilómetros de distância de casa, serem "recolocados no lugar onde deveriam estar este ano".

Os professores contestam o facto de não terem sido lançados no concurso os horários incompletos, afirmando que muitos ficaram colocados em escolas a muitos quilómetros de distância.

JAP (SP) // FPA

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