Depois de a Federação Nacional da Educação (FNE) ter confirmado a entrega do pré-aviso de greve para 21 de junho, época de exames, também a Fenprof anunciou uma paralisação para o mesmo dia. Os sindicatos queixam-se de "insuficiência de respostas" do Governo às reivindicações apresentadas.
Entre as decisões reivindicadas está a garantia de que o descongelamento de carreiras chegue a todos os professores "de forma clara e efetiva" em janeiro de 2018.
A FNE pretende também um compromisso do governo para negociar um regime especial de aposentação para os docentes, ao fim de 36 anos de serviço, sem penalização.
Outro objetivo é garantir que em novos concursos de vinculação extraordinária de professores contratados se eliminem "todas as situações de precariedade" até ao final da legislatura.
"O ministro (Tiago Brandão Rodrigues) só disse que no próximo ano haverá um novo momento de vinculação, sem se comprometer nem com o número de docentes, nem com os critérios que vai utilizar ou que vai propor", declarou Dias da Silva.
A decisão da FNE surge depois de uma reunião realizada hoje de manhã no Ministério da Educação.
Para João Dias da Silva, a resposta dos docentes só pode ser "uma adesão forte à greve" do dia 21 de junho, em defesa de "normas mais justas e mais corretas" para o desenvolvimento da carreira e da aposentação dos docentes.
Fenprof também avança para greve
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) confirmou também hoje, em conferência de imprensa, que vai avançar para a greve a 21 de junho. O anúncio foi feito pelo secretário-geral.
Apesar de reconhecer avanços nas negociações, Mário Nogueira diz que os problemas principais não foram resolvidos. "Está nas mãos do Ministério da Educação evitar esta greve", disse.
(com Lusa)