Foto: Pedro A. Pina - RTP
O processo BES/ GES, o maior dentro do chamado universo Espírito Santo, começa esta terça-feira a ser julgado, mais de dez anos depois da falência do banco. No banco dos réus do Campus de Justiça, em Lisboa, sentam-se 18 arguidos. Há perto de 700 testemunhas para ouvir e três centenas de alegados crimes para julgar.
Ricardo Salgado está no centro da investigação e a imagem que detinha de todo-poderoso, caiu por terra há mais de uma década.
O diagnóstico de Alzheimer feito a Ricardo Salgado tem sido usado pela defesa para que o antigo banqueiro seja dispensado das sessões de tribunal. Não só neste caso judicial, também no processo EDP e na Operação Marquês. Mas a juíza Helena Susano, que preside ao coletivo de juízes que vai julgar o Universo Espírito Santo não aceitou os argumentos dos advogados. Exigiu a presença hoje de Ricardo Salgado para ser julgado, ou terá de apresentar atestado médico.
Na tarde de segunda-feira, rejeitou outro pedido da defesa de Salgado – para que o processo criminal contra o antigo presidente do banco espírito santo fosse suspenso ou extinto por causa do diagnóstico de alzheimer.
A juíza alegou que, apesar da doença, Ricardo Salgado mantém os direitos de defesa. O antigo banqueiro responde por 62 alegados crimes.
A derrocada do Grupo Espírito Santo causou prejuízos perto dos 12 mil milhões de euros.