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Falhas no socorro. Parlamento ouve presidente do INEM

por RTP
Sérgio Janeiro acompanhou a ministra na visita ao INEM António Pedro Santos - Lusa

O presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica é ouvido esta quinta-feira no Parlamento, a pedido das bancadas de PS e Chega, sobre as falhas registadas na resposta do socorro pré-hospitalar.

A audição de Sérgio Janeiro na Comissão de Saúde está agendada para as 15h15, mas antes os deputados vão ouvir, por solicitação do Chega, a Comissão de Trabalhadores do INEM, a Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (ANTEPH), a Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica (ANTEM) e o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH).

No início do mês, duas greves em simultâneo - da Administração Pública e dos técnicos do INEM às horas extraordinárias – levaram à paragem de dezenas de meios de socorro e a atrasos significativos no atendimento das chamadas para os centros de Orientação de Doentes Urgentes.

Estas paralisações tornaram evidentes a falta de meios humanos no instituto
, com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, a chamar a si competência direta do instituto que estava delegada na secretária de Estado da Gestão da Saúde.

As mortes de 11 pessoas alegadamente associadas a falhas no atendimento do INEM motivaram a abertura de sete inquéritos pelo Ministério Público, um dos quais já arquivado. Há ainda um inquérito em curso da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde.
Reuniões sucedem-se
A ministra da Saúde vai reunir-se esta quinta-feira com o Sindicato dos Técnicos de Emergência-Pré-hospitalar. Os profissionais exigem a revisão da carreira e melhores condições salariais. A greve às horas extraordinárias provocou alegadamente as mortes de 11 pessoas.

O sindicato já assinou um protocolo e esta quinta-feira vão ser os discutidos os pontos onde há maior convergência.

Já a Associação dos Técnicos de Emergência Médica (ANTEM) esteve reunida com o INEM e propôs a criação de um grupo de trabalho para discutir os problemas do Instituto Nacional de Emergência Médica.

Paulo Paço, presidente da ANTEM, afirmou à Antena 1 que, “na linha de vários alertas que temos colocado ao longo dos últimos anos, achamos mais pertinente neste momento a criação de uma task force em que nos colocámos à disposição do INEM para colaborar nesse sentido, para que possamos finalmente evoluir a capacidade de resposta do INEM para padrões atuais, que sejam validados cientificamente e reconhecidos internacionalmente, e que nos distanciemos o mais rapidamente possível daquilo que é o INEM neste momento”.
“Falámos também sobre questões relativas ao financiamento dos próprios CODU, e de facto é necessário trabalhar no sentido de também aqui o INEM sofrer uma restruturação e abandonar os paradigmas instalados há uma série de anos e que precisam de ser modernizados”, acrescentou.

c/ Lusa
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