Presidente defende jornalismo "mais independente para uma democracia mais forte"

por Cristina Santos - RTP
RTP (arquivo)

Marcelo Rebelo de Sousa quer uma "monitorização permanente dos resultados das medidas" apresentadas pelo Governo, para garantir que são "executadas" e que "não há distorções". Palavras que encerraram a conferência "O Futuro dos Media".

Numa mensagem de vídeo, o presidente da República apela a um consenso alargado uma vez que “a precariedade e incerteza face ao futuro significa uma comunicação o social mais fraca, jornalismo mais fraco e democracia mais fragilizada”.

Marcelo Rebelo de Sousa defende a monitorização da aplicação das medidas do Governo no âmbito de um plano de ação para a comunicação social. O apoio do Governo nos media tem que ser “democrático”, “tem de haver igualdade” e também tem de ser “controlado pelos tribunais e acompanhado pela Assembleia da República".

Algumas dessas medidas passam pelo fim da publicidade na RTP em 2027, também pela aquisição total da agência Lusa (o Estado detém 95,86 por cento do capital) e ainda pelo apoio a contratações.

O chefe de Estado entende que as formas de intervenção também têm de abranger a comunicação social regional e local.
“Jornalismo local é forma de ligação às comunidades” e é importante para “a sobrevivência da vida local”.

Por fim, o presidente da República sintetiza: “O que pretendemos é uma comunicação social mais independente para uma democracia mais forte em Portugal”.

A conferência "O Futuro dos Media” foi organizada por Media Capital, Impresa, Medialivre, Público e Renascença, parceiros da Plataforma de Meios Privados.
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