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Reportagem

Presidente da República e primeiro-ministro visitam áreas ardidas

por Mariana Ribeiro Soares, Inês Moreira Santos, Cristina Sambado, Ana Sofia Rodrigues - RTP

O Presidente da República e o primeiro-ministro visitaram esta segunda-feira algumas das zonas afetadas pelos incêndios do norte e centro do país, parando em Baião, Vila Pouca de Aguiar e Sever do Vouga. No final do encontro com os autarcas, Luís Montenegro garantiu que não vão faltar verbas para a recuperação dos territórios atingidos pelas chamas. Já Marcelo Rebelo de Sousa defende que é necessária uma resposta rápida, rigorosa e eficaz.

Paulo Novais - Lusa

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por RTP

Presidente da República pede "resposta rápida, rigorosa e eficaz"

O presidente da República apelou a uma “resposta rápida, rigorosa e eficaz” às vítimas dos incêndios que afetaram o norte e centro do país.

“Se isto em termos de resposta imediata não for resolvido num prazo muito curto, já não é resolvido”, disse Marcelo. “Sabem como é em Portugal, como em qualquer país do mundo. Se passar o tempo mediático e politicamente significativo em termos mediáticos, é uma ocasião perdida. E esta não pode nem e não vai ser uma ocasião perdida”, sublinhou.

Marcelo Rebelo de Sousa realça que a “capacidade de resposta, em geral, melhorou muito em relação ao que era o panorama de 2017”, mas salienta que é preciso “refletir naquilo que se pode fazer ainda melhor”.

“Para o ano quem vem e nos anos seguintes, e tanto quanto depender daquilo que é humano e nós podermos evitar, prevenir e responder melhor àquilo que são tragédias que marcam a vida das populações e de pessoas concretas”, asseverou.
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por RTP

Montenegro garante que não vão faltar verbas para a recuperação dos territórios atingidos

No final da reunião com os autarcas de Sever do Vouga, o primeiro-ministro defendeu que "as discussões devem ser todas feitas, e nós não nos furtamos a nenhuma, com verdade, um princípio de algum afastamento do que possam ser reações mais emocionais".

Para Montenegro, as emoções "na gestão de um país têm de se conciliar com a racionalidade da argumentação e com a verdade e a base da realidade com que partimos".
Numa mensagem dedicada aos responsáveis pelas autarquias afetadas pelas chamas, o primeiro-ministro frisou "que neste momento, precisamos de estar juntos, mais do que nunca. Não tenho dúvidas que os autarcas vão sofrer, como aqui foi descrito (...) vão sofrer uma pressão enorme, é muito mais fácil recorrer à junta de freguesia ou à câmara municipal do que ir bater à residência oficial, em São Bento". E deixou ainda uma palavra de "responsabilidade e solidariedade".

"Nós tivemos que definir prioridades e foram definidas tendo por principal objetivo, em primeiro lugar, defender a vida das pessoas, em segundo lugar defender o património das pessoas e, por isso, é que mesmo aqui nesta aldeia, tirando a infelicidade das duas casas que arderam, é notória a preocupação que houve de garantir aqui que as casas eram salvaguardadas", frisou.

O primeiro-ministro garantiu ainda que não faltarão as verbas para a recuperação dos territórios atingidos pelas chamas. E recordou que na passada semana, o governo já disponibilizou 100 milhões de euros do Orçamento do Estado.

Montenegro garantiu ainda que se os fundos de Bruxelas não chegarem, o "Orçamento do Estado suportará, antecipará essa verba".

Em relação às obras de recuperação, Montenegro frisou que "estão criados mecanismos para avançar com 50 por cento do apoio logo no início da obra". E sublinhou que há muitas famílias e empresas no país que "não têm capacidade de financiamento", sem esquecer a área da agricultura "há muita gente que perdeu tudo".

"Vamos fazer uma avaliação profunda sobre tudo aquilo que foi o combate, o sistema de emergência e Proteção Civil e a sua gestão", afirmou Luís Montenegro, que fez questão de deixar uma palavra de respeito aos que estiveram no terreno a protagonizar a luta, muitas vezes absolutamente injusta, contra incêndios galopantes, como foi o caso de Vila Pouca de Aguiar.

"Não atirem essas atoardas para o ar, pode ter havido falhas, eu não estou a dizer que não, pode ter havido falhas e pode ter havido mão criminosa. Nós vamos tentar perceber tudo, o que falhou, se falhou, na estrutura de combate, nas decisões que foram tomadas, e vamos tentar perceber o alcance daquilo que falhou antes, para não voltarmos a ter isso repetido", frisou.

E continuou: "Agora, temos que fazer isto com sentido de responsabilidade por um lado e com sentido de lucidez e bom senso".

Sobre a investigação às causas dos incêndios, o chefe do Governo recordou ter dito que "foi muito estranho haver 125 ignições numa noite".

"E o que eu disse é que o Governo e o país têm a obrigação moral de saber tudo aquilo que pode estar por trás disso e mantenho. Eu vou fazer, como primeiro-ministro, um esforço grande para que haja investigações que levam à deteção e condenação de todos os responsáveis pelo incêndios, se eles acontecerem", sublinhou.

Acrescentou: - "Se dizer isto ofende assim tanta gente, olhe eu vou-lhe dizer uma coisa a mim tranquiliza-me o espírito e a alma. Chego a casa à noite e durmo mais descansado se o meu Governo estiver a combater o crime, seja ele qual for".
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por RTP

Montenegro e Marcelo já estão em Sever de Vouga

O Presidente da República e o primeiro-ministro, acompanhados por outros membros do Governo já estão em Sever do Vouga onde vão reunir com os autarcas e representantes da proteção civil do concelho.
Em declarações à RTP, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que “encontrou muita destruição” nos locais qua já visitou e destacou o “pânico” vivido pela população durante o período dos incêndios.
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por Diogo Pereira - Antena 1

Autarca de Baião fala em prejuízos, causados pelos incêndios, de cinco milhões de euros

Estela Silva - Lusa

Presidente da República e primeiro-ministro dedicam o dia a visitar as regiões que foram afectadas pelos incêndios, deste mês. Os estragos são visíveis com o Governo a lembrar que fará tudo para ajudar quem perdeu tudo.

Em Baião, os representantes máximos ouviram o autarca da região que refere que a mais recente estimativa aponta para prejuízos de cinco milhões de euros.


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por RTP

PM e PR a caminho de Sever do Vouga

Depois de Baião e Vila Pouca de Aguiar, Marcelo Rebelo de Sousa e Luís Montenegro seguem para Sever do Vouga onde vão contactar com os autarcas e a população afetada pelos incêndios.
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por RTP

Belém e São Bento juntos em "matéria de fogos"

Marcelo Rebelo de Sousa diz que "em matéria de fogos", Presidente e primeiro-ministro "estarão sempre juntos". O chefe de Estado e o chefe do Governo estão hoje a visitar as áreas mais afetadas pelos incêndios no norte e centro do País.

Esta manhã já estiveram em Baião, seguiram para Vila Pouca de Aguiar e ainda vão a Sever do Vouga.

Nos três concelhos, milhares de hectares de floresta ficaram reduzidas a cinzas, e várias casas de primeira habitação foram destruídas.
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por RTP

Recuperação área ardida. Montenegro garante que estão a ser usados "todos os instrumentos possíveis"

Em Vila Pouca de Aguiar, Luís Montenegro deixou uma "palavra de grande solidariedade" e de "esperança" às populações que foram afetadas pelos incêndios.

"Fomos capazes de ir para o terreno quando ainda os incêndios estavam a acontecer, (...) interviemos num primeiro momento com as autarquias locais para fazer um levantamento de todos os prejuízos e já tomámos decisões", afirmou o primeiro-ministro.

"Já temos, neste momento, 100 milhões de euros disponíveis para iniciar o processo de recuperação. Temos um acordo com a Comissão Europeia para a utilização de até 500 milhões de euros", continuou. " E temos áreas que são prioritárias: em primeiro lugar as pessoas (...) e depois o tecido económico".

Segundo o chefe de Governo, já estão a ser utilizados "todos os instrumentos possíveis".
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por RTP

Governo e presidente já aterraram em Vila Pouca de Aguiar

O helicóptero onde viajam, esta segunda-feira, o presidente da República, o primeiro-ministro e alguns ministros e membros do Governo, já aterrou em Vila Pouca de Aguiar.

As figuras de Estado vão dirigir-se a uma aldeia muito afetada pelos incêndios no passado dia 16 de setembro e serão recebidos pela autarca.

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por RTP

Polícia Judiciária detém homem suspeito de incêndio florestal

A Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal de Vila Real, com a colaboração da Guarda Nacional Republicana, deteve um homem, de 72 anos, suspeito de ter ateado um incêndio em área agrícola, em Carrazeda de Montenegro, no concelho de Valpaços, no passado dia 27 setembro, avança um comunicado enviado às redações.
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por RTP

Marcelo e Montenegro no miradouro de Gôve

O primeiro-ministro e o Presidente da República estão no miradouro do Lugar da Portela de Gôve, um local onde é possível ver a área ardida no concelho de Baião, onde ouviram várias queixas da população que viu as suas casas e terrenos a serem consumidos pelas chamas.
A autarquia já prometeu recuperar algumas das primeiras habitações que foram consumidas pelo fogo.
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por RTP

Presidente da câmara de Baião frisa que faltaram meios aéreos

O combate aos incêndios em Baião contou quase sempre com o mesmo contingente. O autarca afirma que faltaram meios aéreos.
O presidente da câmara de Baião afimou ainda que o levantamento dos estragos causados pelos incêndios no concelho ainda está a decorrer.

Mas Paulo Pereira prevê que o valor dos prejuízos ascenda a cinco milhões de euros.
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por RTP

Helicóptero que transporta Marcelo e Montenegro aterrou em Baião

Dez casas de primeira habitação ficaram destruídas pelas chamas em Baião, um concelho onde ardeu mais de 50 por cento da mancha florestal.
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por RTP

Termina época crítica dos incêndios. Presidente da República e primeiro-ministro visitam áreas ardidas

José Pinto Dias - RTP

O Presidente da República e o primeiro-ministro visitam hoje algumas das zonas afetadas pelos incêndios do norte e centro do país, parando em Baião, Vila Pouca de Aguiar e Sever do Vouga. A época que mobiliza mais meios de combate aos incêndios rurais termina hoje e fica marcada pelos fogos da terceira semana de setembro, que deixaram uma vasta área de destruição nas regiões do norte e centro e mataram nove pessoas.

A época mais crítica em fogos ficou também assinalada pela queda, a 30 de agosto, de um helicóptero de combate a incêndios no rio Douro, que provocou a morte a cinco militares da GNR que faziam parte da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPC).

Os incêndios florestais consumiram, entre os dias 15 e 20 de setembro, cerca de 135.000 hectares, totalizando este ano a área ardida em Portugal quase 147.000 hectares, a terceira maior da última década, segundo o sistema europeu Copernicus.

As chamas devoraram florestas, casas, empresas, terrenos agrícolas e carros, além de terem obrigado ao corte de vias, nomeadamente a A1, ferrovia e fecho de escolas.

Nove pessoas morreram, quatro das quais bombeiros, e 175 ficaram feridas. A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil exclui desta contagem os dois civis que morreram de doença súbita.
Numa semana, o país passou dos melhores valores de área ardida da década para o terceiro pior desde 2014, sendo apenas ultrapassado em 2017 (563.000 hectares) e 2016 (165.000).
São estas algumas das áreas que Marcelo Rebelo de Sousa e Luís Montenegro vão hoje visitar. Estarão acompanhados pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida e da Ministra da Administração Interna, Margarida Blasco.

A comitiva sobrevoará as áreas ardidas de helicóptero e parará em Baião (distrito do Porto), Vila Pouca de Aguiar (distrito de Vila Real) e Sever do Vouga (distrito de Aveiro).

Esta será a terceira ocasião em que Presidente da República e primeiro-ministro têm uma iniciativa conjunta a propósito dos incêndios.

Nos últimos três meses, o dispositivo de combate a incêndios rurais esteve na sua capacidade máxima, com 13.891 operacionais, 3.084 equipas, 2.990 veículos e 72 meios aéreos em prontidão, um aumento de meios face ao ano anterior.

Segundo dados da PJ, este ano já foram detidos cerca de 40 pessoas pelo crime de incêndio florestal.
Apoios aprovados
O Governo aprovou diplomas que concretizam medidas para apoiar as famílias, empresas e agricultores, recuperar habitações, restabelecer as florestas, reparar infraestruturas e equipamentos e a repor equipamentos sinistrados.

Entre outras medidas, o Governo anunciou que vai financiar a 100% até ao limite de 150 mil euros a reconstrução e reabilitação de casas de primeira habitação, um subsídio especial para compensar prejuízos agrícolas, até ao valor de 6.000 euros, e a criação de uma linha de apoio à tesouraria e à reconstrução de fábricas.
Reportagem de 26 de setembro
Foi também aprovado um regime excecional de contratação de empreitadas de obras públicas.

c/Lusa
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por RTP

Economia de Arouca paga fatura dos incêndios

Foto: António Antunes - RTP

Há aldeias desertas no município de Arouca. Os incêndios consumiram quase 20 por cento da área do município e causaram mais de cinco milhões de euros em prejuízos.

Os empresários da hotelaria e da restauração são dos mais atingidos com as consequências do fogo.
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