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"Preocupante". Mais de 60% de população em idade ativa pediu ajuda à AMI

por Cristina Santos - RTP
Pedro A. Pina - RTP (arq.)

O relatório da Assistência Médica Internacional reflete a situação em Portugal no primeiro semestre deste ano. Foram apoiadas 6.772 pessoas, a maioria (62 por cento) está em idade ativa (têm entre 16 anos e 65 anos). Quanto à entrega de cabazes, a AMI contabilizou um aumento de 85 por cento em relação a 2023.

Apenas sete por cento das pessoas que pediram ajuda - e com mais de 16 anos - recebem salários que, mesmo assim, são "precários e insuficientes". Mais de 70 por cento das 6.772 pessoas apoiadas pela Assistência Médica Internacional nasceram em Portugal (71 por cento) e dos PALOP nove por cento.

Comparando com o primeiro semestre de 2023, a AMI registou um aumento de cinco por cento nos pedidos de ajuda, sendo que 1.188 procuraram apoio pela primeira vez. Também foram registados pedidos de ajuda de 27 por cento de pessoas com menos de 16 anos e 11 por cento com mais de 66 anos."A dimensão da precariedade económica e social na população em idade ativa é preocupante".

A distribuição de comida também aumentou 23 por cento e chegou, entre janeiro e junho, a 2.692 pessoas, que representam um total de 1.090 agregados. Quanto à entrega de cabazes, a AMI contabilizou um aumento de 85 por cento, em relação a 2023.

O refeitório da AMI serviu 87.067 refeições. No primeiro primeiro semestre, apoiou 1.002 pessoas, mais 15 por cento em relação ao mesmo período do ano passado.
Pessoas em situação de sem-abrigo

No que diz respeito ao apoio a quem não tem casa nem trabalho, a Assistência Médica Internacional ajudou 1.015 pessoas, número que representa 269 novos casos. Os locais mais frequentes são a rua ou espaço público (35 por cento).

No primeiro semestre deste ano, também subiu, em 24 por cento, o número de pessoas apoiado pelas Equipas de Rua da AMI: foram ajudadas 309 pessoas em situação de sem-abrigo.
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