Prémio Pessoa 2021 para Tiago Pitta e Cunha da Fundação Oceano Azul
O presidente executivo da Fundação Oceano Azul, Tiago Pitta e Cunha, é o Prémio Pessoa de 2021. "Os assuntos do mar e dos oceanos têm estado presentes na atividade do nosso premiado com a intensidade de uma escolha vocacionada", realçou Pinto Balsemão, presidente do júri.
Pinto Balsemão recordou ainda que o presidente executivo da Fundação Oceano Azul, desde a sua criação em 2017, tem desempenhado cargos nacionais e internacionais.
“A Fundação Oceano Azul é, ela própria, resultante de um processo de diálogo e convergência de atores e perspetivas diferenciadas, onde se destaca o papel da filantropia e da responsabilidade social privadas”, sublinhou Pinto Balsemão.
A Fundação e Tiago Pitta e Cunha têm-se distinguido na “criação de várias áreas de proteção dos ecossistemas marinhos. Contrariando a tendência, ainda dominante, para a sua degradação”.
Em 2021, destaca-se “a proposta, cientificamente fundamentada, de criação de uma área marinha protegida de interesse comunitário – o Parque Natural Marinho do Recife do Algarve, Pedra do Valado. O alargamento da Área Marinha Protegida das Selvagens, a maior do género no Atlântico Norte e ainda o anúncio pelo Governo regional dos Açores do objetivo de criar, até 2023, uma vastíssima Área Marinha Protegida de 300 mil quilómetros quadrados”.
O júri do Prémio Pessoa considera que “através do reconhecimento da ação e personalidade de Tiago Pitta e Cunha se pretende igualmente distinguir e estimular todos aqueles que colocam o seu saber e talento ao serviço de causas públicas de valor universal, aumentando com isso a viabilidade de uma cultura virada para a cooperação coletiva. Fator crítico de que dependerá, em grande medida, da superação das ameaças existências contemporâneas”.
O júri do Prémio Pessoa é presidido por Francisco Pinto Balsemão e conta também com Emílio Rui Vilar (vice-presidente), Ana Pinho, António Barreto, Clara Ferreira Alves, Diogo Lucena, Eduardo Souto de Moura, José Luís Porfírio, Maria Manuel Mota, Pedro Norton, Rui Magalhães Baião, Rui Vieira Nery e Viriato Soromenho-Marques.
"Temos que ver o nosso mar como um verdadeiro capital do país", foi desta forma que o galardoado com o Prémio Pessoa reagiu à atribuição.
Tiago Pitta e Cunha afirmou à RTP3 que recebe "o prémio com surpresa. mas com muito agrado porque é devido à questão dos oceanos e da importância que ele tem para Portugal e para o nosso planeta".
Para Tiago Pitta e Cunha, "os oceanos passam por uma crise tão profunda que será necessário procurarmos alterar profundamente a nossa economia".
Segundo o presidente executivo da Fundação Oceano Azul, "a natureza é a última cartada que a humanidade tem para jogar neste século XXI. E pensamos que a natureza deve ser vista como um ativo, como um capital. O capital natural que será fundamental para a riqueza das nações. E Portugal é um país ainda rico nesse capital".