
Os católicos assinalaram mais um Domingo de Páscoa, uma festividade com que pretendem comemorar a Ressurreição de Cristo. Portugal, país predominantemente católico, fez da data feriado nacional.
O dia culminou uma semana que começou no Domingo de Ramos e se prolonga até ao domingo de Páscoa, uma semana considerada Santa.
O Domingo de Ramos assinala a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém na semana que antecedeu a sua paixão e morte. O dia é assinalado em todo o mundo cristão com uma procissão com ramos de Palma e Oliveira desde o século V depois de Cristo quando começou a ser realizada em Jerusalém. Foi adoptada por Roma no século XI D.C. A missa desse dia canta a Paixão de Jesus segundo o evangelho de S. Mateus.
Na terça-feira é a vez de se cantar a Paixão de Cristo desta feita de acordo com o evangelho de S. Marcos. Na quarta-feira é o evangelho de S. Lucas que dá o mote à celebração eucarística. Na sexta-feira Santa os cristãos rezam missa cantando a Paixão de Cristo de acordo com o evangelho de S. João.
A Sexta-feira Santa é um dia de luto em que se assinala a Paixão e Morte do Senhor. È um dia em que se não celebra Missa. Em quase todo o território nacional se celebra ainda a procissão do enterro do Senhor. Nessa procissão os devotos lembram a dor de Nossa Senhora pelo desaparecimento do seu Filho.
O Sábado é um dia em que se não rezam Missas e só pela noite se abre a vigília solene da Páscoa.

Origens remotas
As suas origens são remotas e variadas. No que concerne à comunidade católica, rezam os evangelhos que Jesus Cristo, durante o tempo que se devotou à comunidade, ia celebrar a Páscoa a Jerusalém.
Foi, aliás, durante a ceia Pascal que Jesus Cristo, que precedeu a sua paixão e morte, instituiu o sacramento da eucaristia.
Dogma católico do sacramento contém verdadeira, real e substancialmente, debaixo das espécies do pão e do vinho, o corpo, sangue, alma e divindade de Jesus Cristo.
De acordo com velha rescrição eclesiástica deve juntar-se ao vinho um pouco de água. Como forma da Eucaristia usaram-se as palavras pronunciadas por Jesus Cristo naquela que foi considerada a sua última Ceia e narradas em todos os relatos preservados ao longo dos tempos. O essencial das palavras que ainda hoje se ouvem nas celebrações religiosas é para a consagração do pão “isto é o meu corpo” e para a do vinho “isto é o meu sangue”.
Foram estas palavras que Jesus Criso, segundo os textos sagrados, dirigiu aos seus doze apóstolos e são estas palavras que ainda hoje dois mil anos passados, ainda se ouvem reproduzidas em todas as homilias por todo os recantos do país.
A finalidade da eucaristia é fazer o crente celebrante participar na vida de Cristo constituindo aquilo que para os católicos significa um acréscimo da graça santificante para a alma e num princípio especial de ressurreição para o corpo.
Como se determina a Páscoa
Foi o Concílio de Niceia, no século II depois de Cristo que estabeleceu o método de como a comunidade católica passaria a determinar a data em que recairia a festividade da Páscoa.
O método não é fácil mas acaba por ser compreensível, já que tem por base o equinócio da Primavera.
Os passos a seguir são os seguintes:
- Registe-se o dia em que cai o equinócio da Primavera;
- Descubra-se o primeiro dia de Lua cheia depois desse equinócio;
- O primeiro domingo que segue a esse dia de Lua cheia é o dia de Páscoa.
Sabe-se que o equinócio da Primavera surge geralmente no dia 21 de Março, pelo que a Lua cheia desse mês adquire a alcunha de Lua Pascal. Seguindo as regras enunciadas o domingo seguinte é o domingo de Páscoa. Não poderá nunca cair antes de dia 22 de Março pois terá de ser o primeiro domingo depois da lua cheia.
Verifica-se que a Páscoa não poderá nunca cair depois do dia 25 de Abril. Se o equinócio da Primavera cai a 21 de Março, a Lua cheia fará a sua aparição ou no próprio dia 21 de Março ou então nos 28 dias seguintes sabendo-se como se sabe que todos os 29 dias há uma nova lua cheia. Ao 29.º dia depois do equinócio da Primavera a lua cheia já não será a Pascal.
Se na pior das hipóteses a lua cheia ocorrer 28 dias depois do equinócio da Primavera, será no dia 18 de Abril que poderá ser vista pelos olhos humanos. O domingo imediato a essa lua Pascal não poderá nunca ir além do dia 25 de Abril, razão que leva a afirmar que a Páscoa nunca poderá acontecer antes de 22 de Março e nunca depois de 25 de Abril.
Ao determinar-se o dia de Páscoa a partir dele imediatamente se deduzem as datas de todas as festas móveis que acontecem tendo a Páscoa como ponto de referência.
As datas móveis que dependem da Páscoa
Terça-feira de Carnaval - quarenta e sete dias antes da Páscoa
Quaresma - Inicia na quarta-feira de cinzas e termina no domingo de Ramos (uma semana antes da Páscoa)
Domingo de Ramos - Celebra a entrada de Jesus em Jerusalém. Domingo anterior à Páscoa.
Quinta-Feira Santa - Dia em que se celebra a instituição da Eucaristia por Cristo. A quinta-feira anterior à Páscoa. Feriado nacional.
Sexta-feira Santa - Dia que relembra a morte de Cristo. A sexta feira anterior à Páscoa.
Sábado Santo - Sábado de Aleluia - Sábado da Solene Vigília Pascal - o sábado de véspera.
Ascensão do Senhor - o sexto domingo após a Páscoa. Feriado.
Pentecostes - o sétimo domingo após a Páscoa.
Santíssma Trindade - o domingo após Pentecostes.
Corpus Christi ou Corpo de Deus - a quinta-feira imediatamente após o domingo da Santíssima Trindade.
Páscoa Hebraica
Foram os judeus que instituíram a festividade da Páscoa. Fizeram-no para comemorar um milagre. Depois de Moisés ter lançado as dez pragas sobre o Egipto, o faraó permitiu finalmente a partida do povo judeu que era escravo e mão-de-obra no país das pirâmides.
Enfrentando uma recusa para a permissão de saída do Egipto do seu povo por parte do faraó, Deus, pela palavra de Moisés castigou a obstinação daquele lançando sobre o Egipto e o seu povo dez pragas sucessivas para os forçar a deixar os israelitas irem em demanda da sua pátria.
Foram elas:
Conversão das águas do Nilo em Sangue;
Rãs que cobriram o Egipto;
Mosquitos que atormentaram cruelmente homens e animais;
Moscas que infestaram todo o país;
Uma peste súbita que matou praticamente todos os animais;
Úlceras pestilentas que atacaram os egípcios;
Granizo que devastou os campos excepto a terra de Gessen habitada pelos israelitas;
Gafanhotos que destruíram os restantes frutos;
Trevas espessas durante três dias;
Morte dos primogénitos do Egipto.
Alguns dos fenómenos eram sem dúvida naturais tanto que os magos egípcios os recriaram. O conjunto e as circunstâncias em que sucederam foram tão extraordinários que quebraram a força e a obstinação dos egípcios e do seu Faraó.
Autorizados a abandonar o Egipto com os seus pertences e rebanhos, os israelitas liderados por Moisés foram em busca da sua terra que Moisés não chegou a ver.
È este milagre da liberdade do povo israelita que os judeus comemoram com as festividades da Páscoa.
Todos os anos nesta época os judeus imolavam um cordeiro que era chamado de Pascal. Durante sete dias não podiam comer nada que não fosse pão ázimo. Nos dias 15 e 21 não podiam fazer nenhum trabalho, sendo dia de descanso absoluto.
O dia da Páscoa correspondia ao dia 14 que assinalava a passagem do anjo que exterminou os primogénitos egípcios. No dia 15 comemorava-se a solenidade dos ázimos.
Com o aparecimento de Jesus Cristo os seguidores da nova religião cristã, passaram a comemorar a Páscoa de duas formas diferentes de seguir o uso judeu. As cristandades asiáticas celebravam sempre a Páscoa no dia 14 independentemente do dia a que calhasse. Roma e o resto da Igreja celebravam a Páscoa no domingo seguinte ao da lua cheia.
O Concílio de Niceia veio pôr fim às discrepâncias impondo o rito romano como uso genérico a toda a comunidade cristã.
O Domingo de Ramos assinala a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém na semana que antecedeu a sua paixão e morte. O dia é assinalado em todo o mundo cristão com uma procissão com ramos de Palma e Oliveira desde o século V depois de Cristo quando começou a ser realizada em Jerusalém. Foi adoptada por Roma no século XI D.C. A missa desse dia canta a Paixão de Jesus segundo o evangelho de S. Mateus.
Na terça-feira é a vez de se cantar a Paixão de Cristo desta feita de acordo com o evangelho de S. Marcos. Na quarta-feira é o evangelho de S. Lucas que dá o mote à celebração eucarística. Na sexta-feira Santa os cristãos rezam missa cantando a Paixão de Cristo de acordo com o evangelho de S. João.
A Sexta-feira Santa é um dia de luto em que se assinala a Paixão e Morte do Senhor. È um dia em que se não celebra Missa. Em quase todo o território nacional se celebra ainda a procissão do enterro do Senhor. Nessa procissão os devotos lembram a dor de Nossa Senhora pelo desaparecimento do seu Filho.
O Sábado é um dia em que se não rezam Missas e só pela noite se abre a vigília solene da Páscoa.

Origens remotas
As suas origens são remotas e variadas. No que concerne à comunidade católica, rezam os evangelhos que Jesus Cristo, durante o tempo que se devotou à comunidade, ia celebrar a Páscoa a Jerusalém.
Foi, aliás, durante a ceia Pascal que Jesus Cristo, que precedeu a sua paixão e morte, instituiu o sacramento da eucaristia.
Dogma católico do sacramento contém verdadeira, real e substancialmente, debaixo das espécies do pão e do vinho, o corpo, sangue, alma e divindade de Jesus Cristo.
De acordo com velha rescrição eclesiástica deve juntar-se ao vinho um pouco de água. Como forma da Eucaristia usaram-se as palavras pronunciadas por Jesus Cristo naquela que foi considerada a sua última Ceia e narradas em todos os relatos preservados ao longo dos tempos. O essencial das palavras que ainda hoje se ouvem nas celebrações religiosas é para a consagração do pão “isto é o meu corpo” e para a do vinho “isto é o meu sangue”.
Foram estas palavras que Jesus Criso, segundo os textos sagrados, dirigiu aos seus doze apóstolos e são estas palavras que ainda hoje dois mil anos passados, ainda se ouvem reproduzidas em todas as homilias por todo os recantos do país.
A finalidade da eucaristia é fazer o crente celebrante participar na vida de Cristo constituindo aquilo que para os católicos significa um acréscimo da graça santificante para a alma e num princípio especial de ressurreição para o corpo.
Como se determina a Páscoa
Foi o Concílio de Niceia, no século II depois de Cristo que estabeleceu o método de como a comunidade católica passaria a determinar a data em que recairia a festividade da Páscoa.
O método não é fácil mas acaba por ser compreensível, já que tem por base o equinócio da Primavera.
Os passos a seguir são os seguintes:
- Registe-se o dia em que cai o equinócio da Primavera;
- Descubra-se o primeiro dia de Lua cheia depois desse equinócio;
- O primeiro domingo que segue a esse dia de Lua cheia é o dia de Páscoa.
Sabe-se que o equinócio da Primavera surge geralmente no dia 21 de Março, pelo que a Lua cheia desse mês adquire a alcunha de Lua Pascal. Seguindo as regras enunciadas o domingo seguinte é o domingo de Páscoa. Não poderá nunca cair antes de dia 22 de Março pois terá de ser o primeiro domingo depois da lua cheia.
Verifica-se que a Páscoa não poderá nunca cair depois do dia 25 de Abril. Se o equinócio da Primavera cai a 21 de Março, a Lua cheia fará a sua aparição ou no próprio dia 21 de Março ou então nos 28 dias seguintes sabendo-se como se sabe que todos os 29 dias há uma nova lua cheia. Ao 29.º dia depois do equinócio da Primavera a lua cheia já não será a Pascal.
Se na pior das hipóteses a lua cheia ocorrer 28 dias depois do equinócio da Primavera, será no dia 18 de Abril que poderá ser vista pelos olhos humanos. O domingo imediato a essa lua Pascal não poderá nunca ir além do dia 25 de Abril, razão que leva a afirmar que a Páscoa nunca poderá acontecer antes de 22 de Março e nunca depois de 25 de Abril.
Ao determinar-se o dia de Páscoa a partir dele imediatamente se deduzem as datas de todas as festas móveis que acontecem tendo a Páscoa como ponto de referência.
As datas móveis que dependem da Páscoa
Terça-feira de Carnaval - quarenta e sete dias antes da Páscoa
Quaresma - Inicia na quarta-feira de cinzas e termina no domingo de Ramos (uma semana antes da Páscoa)
Domingo de Ramos - Celebra a entrada de Jesus em Jerusalém. Domingo anterior à Páscoa.
Quinta-Feira Santa - Dia em que se celebra a instituição da Eucaristia por Cristo. A quinta-feira anterior à Páscoa. Feriado nacional.
Sexta-feira Santa - Dia que relembra a morte de Cristo. A sexta feira anterior à Páscoa.
Sábado Santo - Sábado de Aleluia - Sábado da Solene Vigília Pascal - o sábado de véspera.
Ascensão do Senhor - o sexto domingo após a Páscoa. Feriado.
Pentecostes - o sétimo domingo após a Páscoa.
Santíssma Trindade - o domingo após Pentecostes.
Corpus Christi ou Corpo de Deus - a quinta-feira imediatamente após o domingo da Santíssima Trindade.
Páscoa Hebraica
Foram os judeus que instituíram a festividade da Páscoa. Fizeram-no para comemorar um milagre. Depois de Moisés ter lançado as dez pragas sobre o Egipto, o faraó permitiu finalmente a partida do povo judeu que era escravo e mão-de-obra no país das pirâmides.
Enfrentando uma recusa para a permissão de saída do Egipto do seu povo por parte do faraó, Deus, pela palavra de Moisés castigou a obstinação daquele lançando sobre o Egipto e o seu povo dez pragas sucessivas para os forçar a deixar os israelitas irem em demanda da sua pátria.
Foram elas:
Conversão das águas do Nilo em Sangue;
Rãs que cobriram o Egipto;
Mosquitos que atormentaram cruelmente homens e animais;
Moscas que infestaram todo o país;
Uma peste súbita que matou praticamente todos os animais;
Úlceras pestilentas que atacaram os egípcios;
Granizo que devastou os campos excepto a terra de Gessen habitada pelos israelitas;
Gafanhotos que destruíram os restantes frutos;
Trevas espessas durante três dias;
Morte dos primogénitos do Egipto.
Alguns dos fenómenos eram sem dúvida naturais tanto que os magos egípcios os recriaram. O conjunto e as circunstâncias em que sucederam foram tão extraordinários que quebraram a força e a obstinação dos egípcios e do seu Faraó.
Autorizados a abandonar o Egipto com os seus pertences e rebanhos, os israelitas liderados por Moisés foram em busca da sua terra que Moisés não chegou a ver.
È este milagre da liberdade do povo israelita que os judeus comemoram com as festividades da Páscoa.
Todos os anos nesta época os judeus imolavam um cordeiro que era chamado de Pascal. Durante sete dias não podiam comer nada que não fosse pão ázimo. Nos dias 15 e 21 não podiam fazer nenhum trabalho, sendo dia de descanso absoluto.
O dia da Páscoa correspondia ao dia 14 que assinalava a passagem do anjo que exterminou os primogénitos egípcios. No dia 15 comemorava-se a solenidade dos ázimos.
Com o aparecimento de Jesus Cristo os seguidores da nova religião cristã, passaram a comemorar a Páscoa de duas formas diferentes de seguir o uso judeu. As cristandades asiáticas celebravam sempre a Páscoa no dia 14 independentemente do dia a que calhasse. Roma e o resto da Igreja celebravam a Páscoa no domingo seguinte ao da lua cheia.
O Concílio de Niceia veio pôr fim às discrepâncias impondo o rito romano como uso genérico a toda a comunidade cristã.