Portugal quer duplicar ZEE

por RTP

Portugal entrega hoje nas Nações Unidas (ONU) a proposta para duplicar a Zona Económica Exclusiva (ZEE) dos actuais 1800 milhões de quilómetros quadrados para os 3,6 milhões. "Para nós este processo é tão importante como foram os descobrimentos", afirmou o secretário de Estado da Defesa e dos Assuntos do Mar.

"São os descobrimentos do século XXI", disse em entrevista à Agência Lusa João Mira Gomes.

Nos últimos 4 anos, a Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental realizou a proposta a entregar na ONU e que pretende a duplicação da ZEE portuguesa.

Para que a ONU "aceita a proposta portuguesa, o projecto tem de provar que existe uma continuidade geológica entre a nossa plataforma actual e o resto, encontrar denominadores e composições comuns através das amostras", disse à Lusa o secretário de Estado.

A importância em aumentar a Zona Económica Exclusiva

"A energia é um dos aspectos essenciais, não só as energias fósseis, como o petróleo ou o gás, mas também os minérios e moléculas que podem ser utilizadas na indústria farmacêutica. Tudo isto são áreas que existem (no espaço marítimo nacional) embora não saibamos ainda toda a sua dimensão e todo o seu valor, apesar de sabermos que nos dias de hoje estes são sectores muito importantes", disse Mira Gomes.

Outra situação avaliada com este aumento é a possibilidade de se iniciar "o armazenamento no fundo do mar de dióxido de carbono na atmosfera".

Apesar de a proposta chegar hoje à ONU, o processo está em aberto, ou seja, Portugal pode "acrescentar elementos à sua proposta durante a avaliação", disse o secretário de Estado.

A decisão final não deverá ser conhecida antes de 2013 ou 2014.

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