Portugal pode enfrentar epidemia de gripe dentro de uma semana

por RTP
Pedro A. Pina - RTP

O aviso é da Direção Geral de Saúde, que garante que a situação é, por enquanto, de “normalidade”. Hospitais e centros de saúde já ativaram os planos de contingência, mas a DGS admite que o reforço pode não ser suficiente. O frio já levou mais de 130 mil pessoas às urgências na última semana do ano.

A atividade gripal está a ser “particularmente tardia”, disse Graça Freitas, diretora-geral de saúde, adiantando que nesta altura circulam em Portugal e na Europa vírus com baixa intensidade.

Portugal ainda não entrou no período epidémico, o que deve acontecer dentro de poucos dias, admite a DGS.
O plano de inverno está ativado, mas as autoridades alertam para a necessidade da população se proteger do frio e não procurar as urgências dos hospitais como primeira opção.


"O grande conselho que damos é que não vão diretamente à urgência. A primeira porta de entrada no sistema de saúde, nesta altura, é o SNS24, através do número 808242424", salientou Graça Freitas, lembrando que nessa linha há enfermeiros treinados para fazer a triagem e que as pessoas podem ser tratadas em casa ou nos Centros de Saúde.


A Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública diz que os portugueses se devem vacinar contra a gripe, sendo a forma mais eficaz de combater a doença.

A DGS está a equacionar no futuro poder alargar a vacina da gripe a pessoas a partir dos 60 anos, mas salientou que o fornecimento de vacinas da gripe é complicado e também de uma "logística complexa".

As complicações de saúde associadas ao frio têm contribuído para o aumento dos tempos de espera nas urgências hospitalares um pouco por todo o país. O tempo frio, com acentuado arrefecimento noturno, têm vindo a provocar um aumento do número de casos de infeções respiratórias.

Os centros de saúde da região de Lisboa e Vale do Tejo vão começar a ativar os seus planos de contingência devido ao frio, reforçando equipas e alargando os horários.

A Madeira vai reforçar as equipas nas urgências hospitalares. O secretário do Governo Regional garante que o arquipélago está preparado para responder à possível maior afluência de utentes nesta altura do ano.
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