Portugal evoca 80 anos do Dia D com homenagem aos que morreram pela liberdade

por Lusa

O Governo português homenageou hoje "todos quantos deram a vida" pelos valores da liberdade e do humanismo, assinalando os 80 anos do Dia D, do desembarque dos aliados ocidentais na Normandia, decisivo para o fim da II Guerra Mundial.

"Nos 80 anos do dia D, o dia que determinou a vitória da liberdade e do humanismo, prestamos homenagem a todos quanto deram a vida por esses valores", escreveu hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros na rede social X.

O ministério liderado por Paulo Rangel referiu ainda: "E, unidos aos nossos parceiros da UE [União Europeia] e ao Reino Unido, agradecemos a solidariedade transatlântica".

Os aliados ocidentais celebram hoje os 80 anos do desembarque na Normandia, França, que foi decisivo para o curso da II Guerra Mundial na Europa, numa altura em que a guerra assola novamente o continente.

O conflito da Rússia contra a Ucrânia, iniciado em fevereiro de 2022, será um dos temas das conversas na cerimónia, mas também em encontros bilaterais do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, um dos convidados.

A cerimónia na Normandia conta com chefes de Estado como Emmanuel Macron (França), Joe Biden (Estados Unidos), Sergio Mattarella (Itália) e do Rei Carlos III (Reino Unido), bem como o chanceler alemão, Olaf Scholz.

A Rússia, convidada há 10 anos e antiga aliada dos Estados Unidos e do Reino Unido contra a Alemanha nazi, foi formalmente excluída das cerimónias devido à invasão da Ucrânia, numa ausência simbólica das tensões atuais na Europa.

Em 06 de junho de 1944, mais de 156.000 militares desembarcaram nas costas da Normandia em cinco praias que receberam os nomes de código Omaha, Gold, Juno, Sword e Utah.

A força era constituída principalmente por tropas norte-americanas, britânicas e canadianas, mas a operação incluiu apoio naval, aéreo e terrestre australiano, belga, checo, neerlandês, francês, grego, neozelandês, norueguês e polaco.

O Dia D, como ficou para a História, foi a maior invasão anfíbia da guerra, e permitiu abrir uma nova frente, aliviando a pressão sobre a União Soviética a Leste.

A II Guerra Mundial (1939-1945) só viria a terminar cerca de um ano depois, em agosto, com a rendição do Japão após o lançamento de bombas atómicas norte-americanas em Hiroshima e Nagasaki, três meses depois da capitulação alemã.

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