Porto acolhe Encontro Nacional de Jovens Investigadores em Oncologia

por Lusa

O núcleo Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC-NRN) acolhe na terça-feira o Encontro Nacional de Jovens Investigadores em Oncologia, um evento para incentivar a pesquisa numa doença crónica que tem tendência a aumentar, disse hoje o presidente.

"Entendemos que a investigação é fundamental no tratamento do cancro, na prevenção do cancro, no diagnóstico. Sem investigação, não há inovação e os progressos só podem ser bons se a investigação for boa, robusta e cada vez mais ligada à clínica para poder dar frutos quase de imediato", disse Vítor Veloso.

O 6.º Encontro Nacional de Jovens Investigadores em Oncologia conta com cerca de 120 inscritos e 80 trabalhos de investigação a concurso.

Está prevista a presença do presidente do IPATIMUP, Sobrinho Simões, do reitor Universidade do Porto, António Sousa Pereira, bem como do diretor de investigação e formação da LPCC-NRN, Rui Medeiros.

Sob o mote "Sem investigação, não há inovação, sem inovação não há progresso", este encontro pretende incentivar a pesquisa sobre o cancro junto de jovens investigadores.

"Às vezes, acha-se que o papel do cientista é o papel de um indivíduo muito mais velho, o que não é verdade. Temos cientistas fantásticos muito jovens, que se forem inicialmente ajudados vão progredir na carreira muito mais rapidamente e a produzir trabalhos de excelência", disse Vítor Veloso, cirurgião oncologista que dirige este núcleo da LPCC há duas décadas.

Também serão distinguidos os melhores trabalhos científicos submetidos pelos investigadores, com a atribuição de prémios: Melhor Comunicação Oral (850 euros), Melhor e-Poster (600 euros), Prémio Liga Inovação (7.500 euros).

Novos alvos terapêuticos, novos biomarcadores para deteção do cancro e preservação da fertilidade em oncologia são alguns dos temas dos trabalhos.

Um dos temas em debate este ano é a importância da inteligência artificial como ferramenta na oncologia.

A LPCC-NRN, numa síntese enviada à Lusa, destaca os resultados preliminares de um estudo sueco que mostram que, "só no cancro da mama, a inteligência artificial pode detetar mais de 20% dos casos, além do conhecimento mais aproximado dos números reais, a tecnologia permite antecipar o diagnóstico, a chave para o sucesso dos tratamentos".

"Do diagnóstico, aos tratamentos mais personalizados e melhorias na qualidade de vida, a inteligência artificial tem dado cartas um pouco por todo mundo no que toca ao combate da doença oncológica. É urgente apoiar mais a investigação em oncologia, de forma a estar na linha da frente e assim detetar e tratar mais cancros em fases iniciais", destacou o núcleo.

Anualmente, o núcleo Norte da LPCC disponibiliza mais de 215 mil euros em bolsas de investigação.

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