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PJ sobe para oito as detenções em operação que envolve autarcas e empresários da Madeira

por Lusa

A Polícia Judiciária (PJ) elevou para oito as detenções no âmbito de uma operação realizada hoje na Região Autónoma da Madeira relacionada com suspeitas de criminalidade económica e financeira, que conta com autarcas e empresários entre os detidos.

Fonte oficial da PJ esclareceu à Lusa que o oitavo detido é um empresário.

A operação visou também a execução de 43 mandados de busca domiciliárias e não domiciliárias, adiantou um comunicado da PJ ao início da tarde, no qual eram então referidas apenas sete detenções.

Em causa estão suspeitas da prática dos crimes de participação económica em negócio, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, prevaricação e financiamento proibido de partidos políticos.

"Os sete detidos são autarcas, empresários, funcionários públicos, titulares de cargos políticos e de altos cargos públicos", especificou a PJ.

Duas das buscas foram efetuadas em sedes de municípios e quatro em secretarias regionais.

Segundo a mesma fonte, esta investigação foi desencadeada em 2020 pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção e pelo Departamento de Investigação Criminal da Madeira e incide "sobre condutas consideradas como criminalidade altamente organizada".

Fonte judicial indicou também à Lusa que esta investigação está relacionada com as buscas e detenções efetuadas no início do ano, na ilha da Madeira, e que envolveram entre os suspeitos o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, e o então autarca do Funchal, Pedro Calado.

Por sua vez, fonte da Procuradoria-geral da República (PGR) disse que se "confirma apenas a realização de buscas relacionadas com contratação pública".

As buscas realizam-se no âmbito de um inquérito que corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal Regional de Lisboa e está sob segredo de justiça, adiantou a PGR numa resposta escrita enviada à agência Lusa.

A operação denomina-se "AB INITIO" e mobilizou 110 elementos da PJ, quatro procuradores do Ministério Público, dois juízes do Tribunal Judicial do Funchal e seis elementos do Núcleo de Assessoria Técnica, indica a mesma informação da Polícia Judiciária.

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