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PJ militar recuperou material roubado da base militar de Tancos

por RTP
Lusa

O material foi interceptado na região da Chamusca esta madrugada após uma denúncia anónima. Foram recuperadas 44 armas de guerra, granadas e explosivos. A Polícia Judiciária militar só não terá conseguido interceptar as munições, apurou a RTP.

A investigação foi feita em colaboração com o núcleo de investigação criminal da GNR de Loulé.

Foram ainda interceptadas 44 granadas anti-carro, 44 lança-granadas, 40 lança-foguetes, quatro engenhos explosivos e 120 granadas ofensivas.

A Polícia Judiciária militar enviou um comunicado a confirmar a apreensão do "material de guerra furtado dos Paióis Nacionais de Tancos", não revelando exatamente a quantidade de material recuperado nas diligências no âmbito "do combate ao tráfico e comércio ilícito de material de guerra".

"O material recuperado já se encontra nos Paióis de Santa Margarida, à guarda do Exército, onde está ser realizada a peritagem para identificação mais detalhada", adianta o comunicado.

A investigação ao furto da base militar de Tancos continua e o processo permanece em segredo de justiça.

A Chamusca, onde foi encontrado o material furtado, fica a 20 quilómetros de Tancos.
PS chama de urgência ao parlamento ministro da Defesa
O PS anunciou que vai chamar com caráter de urgência o ministro da Defesa, José Azeredo Lopes, à Comissão Parlamentar de Defesa, na sequência da interceção pela Polícia Judiciária Militar do material roubado na base de Tancos.

O material de guerra tinha desaparecido dos armazéns militares dos Paióis Nacionais de Tancos no final de junho, tendo sido revelado publicamente no dia 29.

Entre o material de guerra furtado dos Paióis Nacionais de Tancos estavam "granadas foguete anticarro", granadas de gás lacrimogéneo e explosivos, segundo a informação divulgada pelo Exército.

O Chefe do Estado-Maior do Exército mandou instaurar três inquéritos, nomeadamente ao funcionamento do sistema de videovigilância, à intrusão nas instalações e à gestão de cargas.

O Exército decidiu encerrar os paióis nacionais de Tancos, optando por concentrar o material nas instalações de Santa Margarida e admitindo armazenar algum material nos paióis dos outros ramos, em caso de necessidade.
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