Foto: Rui Alves Cardoso - RTP
Três jovens foram detidos, na segunda-feira, em Loures, no distrito de Lisboa, por suspeita de crimes de violação agravada e pornografia de menores contra uma adolescente de 16 anos, informou hoje a Polícia Judiciária.
A investigação teve origem numa participação do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, à PSP. O caso ocorreu em fevereiro numa zona próxima da residência da vítima.
O diretor da PJ de Lisboa e Vale do Tejo João Oliveira revelou que os jovens agressores são considerados “influencers”. Parte das imagens da violação da jovem foram partilhadas nas redes sociais dos agressores.
"(...) Poderão ser considerados `influencers` e daí têm um público já muito significativo. E foi precisamente no âmbito desse poder de influência que têm junto de públicos mais jovens que veio a ocorrer esta situação", disse.
Questionado pelos jornalistas sobre o facto de não terem ficado presos, João Oliveira afirma que as investigações ainda continuam.
A vítima era seguidora dos agressores nas redes sociais.
A PJ refere que a adolescente combinou um encontro com um dos jovens, seu conhecido, que compareceu acompanhado de amigos, desconhecidos da adolescente.
Os três jovens, segundo a PJ, "em contexto grupal constrangeram a vítima a práticas sexuais e filmaram os atos, contra a sua vontade, divulgando-os nas redes sociais".
Os suspeitos, com idades entre os 17 e os 19 anos, foram presentes a primeiro interrogatório judicial de arguido detido, tendo ficado sujeitos às medidas de coação de apresentações periódicas semanais e proibição de contactos coma vitima.
“Há também um trabalho a fazer por parte dos pais”, lembra à Antena 1 um dos fundadores do Projeto Agarrados à Net.
Tito Morais deixa algumas dicas para uma parentalidade ativa no domínio das redes sociais.
“Agarrados à Net” é uma iniciativa que tem promovido pelo país várias sessões de esclarecimento com crianças, jovens, pais, e professores.
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